Um guarda civil municipal foi preso na manhã desta segunda-feira (31) suspeito de ter atirado contra um motorista de um caminhão reboque em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, no fim da noite deste domingo (30). O suspeito, David Salomão Antônio, de 44 anos, faz parte da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte, e não estava em período de trabalho quando a confusão aconteceu.
Segundo o caminhoneiro Wanderson Guilherme Ribeiro da Silva, de 36 anos, ele estava na avenida Brasília, em direção a Belo Horizonte, quando seu caminhão reboque foi fechado por um carro Honda Fit. Guilherme buzinou para o carro, que estava sendo dirigido pela filha de David, e neste momento o guarda municipal desceu do banco de passageiro com a arma em punho e se dirigiu até o caminhão.
“Um veículo Honda Fit veio me fechar, eu fui e acionei a buzina, para alertar o condutor do veículo. O trânsito deu a reduzida, desceu o senhor David com a arma em punho apontando para mim, gritando, altamente nervoso, falando para eu descer do caminhão. Tentou abrir a porta do meu caminhão várias vezes, eu não deixei, eu não desci do veículo e ele constantemente gritando e apontando a arma para o meu rosto”, relata Guilherme.
No momento que o trânsito andou, o caminhoneiro aproveitou para dar partida e desviou do carro do guarda municipal, ouvindo disparos de arma de fogo atrás de si. Logo em seguida, ele foi avisado por outros motoristas que seu caminhão tinha sido atingido e o tanque estava vazando.
“Depois outro rapaz passou por mim e falou assim, ‘seu tanque está vazando’. Foi onde eu vi que os dois disparam foram em minha direção acertando o caminhão. Eu recorri a guarda municipal que estava próximo, eu fui conduzido para o Batalhão, onde eu fiz todo o processo”.
Em nota, a Polícia Civil informou que “requisitou a presença da perícia oficial para realizar os trabalhos de praxe” e que “os procedimentos de polícia judiciária estão em andamento”. O suspeito teve a prisão em flagrante ratificada e foi encaminhado ao sistema prisional.
A Guarda Municipal de Belo Horizonte afirmou, por meio de nota, que “o agente estava de folga e portava arma pessoal no momento do episódio” e que “a Corregedoria da Guarda Civil Municipal instaurou procedimento disciplinar para apurar os fatos”.