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Vídeo: família de mulher morta após briga por pão pede fechamento da padaria em Betim

Vítima publicou vídeo mostrando ‘porcariada’ no pão e denunciando padaria; atendente da padaria confessou crime e disse que está arrependida

Velório da vítima acontece nesta tarde

A família de Ana Paula Amaral de Faria, morta a facadas após reclamar de um pão estragado, pede que a padaria onde a suspeita do crime trabalhava seja fechada. A mulher de 34 anos foi assassinada pela balconista da padaria, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, no último sábado (22).

A suspeita, que confessou o crime e se entregou aos policiais, disse que matou Ana Paula por conta de uma discussão no Facebook. Ela conta que Ana Paula publicou uma denúncia nas redes sociais no início do mês, em que afirmava que comprou um pão com “carrapato e um monte de sujeira” em uma padaria do bairro Petrovale, onde a suspeita trabalha como balconista.

No post compartilhado nas redes sociais, a vítima classifica o pão como “porcariada” e apresenta um vídeo do alimento com vários resíduos pretos dentro. Além disso, ela publicou um vídeo em que mostra o momento em que ela devolve o saco de pães na padaria e discute com uma atendente.

“Já aconteceu dela comprar lá na padaria pão estragado. A primeira vez ela deixou passar, só segunda vez ela pegou e postou no Facebook e a balconista tomou as duas lá da padaria. Ela fez caso pensado, ninguém imaginava isso porque ela é só funcionária da padaria. Ela esperou a hora que viu a oportunidade, meu filho mais novo inclusive presenciou tudo. Depois que você faz um creme brutal desse, não vem falar comigo que tem arrependimento, não tem arrependimento nenhum”, relata o ex-marido de Ana Paula, Leonardo da Silva Rodrigues.

Leonardo e Ana Paula tinham três filhos juntos: duas meninas de 15 e seis anos, e um menino de 11. Além disso, a vítima tinha ainda uma filha mais nova, de três anos.

A madrinha da Ana Paula, que não quis ser identificada, pede que a padaria onde a suspeita do crime trabalhava seja fechada. Ela conta que outras pessoas já haviam denunciado a qualidade da comida do estabelecimento, e ainda acredita que o assassinato da afilhada tenha sido encomendado pelos donos do local.

“Eu tenho para mim que foi mandado, eu não acredito que essa funcionária iria fazer isso por fazer não. Alguém molhou a mão dela com dinheiro bom, está pagando ótima advogado para ela. Eu discordo da padaria estar aberta, porque a perda minha afilhada foi devido ao pão que estava com carrapato, não foi só uma denúncia que teve, teve várias denúncias, de perna de barata no pão também. Eles estão lá com a padaria aberta, é uma falta de respeito com os familiares, eles falaram que não vai fechar a padaria”.

O velório de Ana Paula aconteceu no início da tarde desta segunda-feira (24) e a audiência de custódia da suspeita acontece no fim da tarde.

Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.