A Polícia Civil confirmou, nesta sexta-feira (14), que apreendeu um adolescente de 16 anos suspeito de comandar um grupo que cometia crimes virtuais pela plataforma
De acordo com o delegado Ângelo Ramalho, o adolescente praticou “escravização virtual” contra uma jovem de 14 anos. Ele teria obtido informações sensíveis da vítima e, para não divulgar, passou a obrigar a jovem a fazer o que ele e os comparsas ordenaram.
“A vítima fica na sua casa, conectada a internet e dentro de uma sala com provedor privado onde só os convidados desse suspeito tinham acesso. Ali ela era subjugada, humilhada, sofria violência psicológica, física e sexual. Ela se automutilou, foi obrigada a praticar atos libidinosos com um cachorro e até a agredir esse animal. É algo surreal.”
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A “sessão de tortura” teria durado cerca de uma hora e, segundo a investigação, é recorrente. O delegado afirma que o adolescente detido em Belo Horizonte tem envolvimento com outros suspeitos presos ou indiciados em outros estados. Ele explica porque essas
“A gente percebeu que essas vítimas são pessoas vulneráveis. Algumas têm dificuldade de relacionamento social e entram na internet para falar sobre jogos com adolescentes. Nessa situação, os suspeitos atraem essas vítimas para ‘webnamoro’. Como são pessoas vulneráveis, essas vítimas se sentem acolhidas pelos autores e passam conteúdo sensível para eles. Aí elas ficam refém das chantagens e ameaças.”
A investigação segue buscando novas vítimas desse suspeito, além de possíveis aliados dele. A Polícia Civil acredita que a prisão desse adolescente seja apenas a “ponta do iceberg” e pede para que as vítimas tenham coragem para denunciar os suspeitos.
