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Cemig alerta para riscos de soltar pipa em áreas urbanas; confira

Em nota, a empresa cita os riscos de choque por contato com a rede elétrica e acidentes causados por linhas cortantes

Confira recomendações do gerente de Segurança do Trabalho da Cemig

Soltar pipa, ou ‘papagaio’, é uma brincadeira comum no território brasileiro, principalmente durante períodos com ventos fortes, clima perfeito para quem gosta da atividade. Porém, quais os reais riscos de empinar pipa em áreas urbanas? A Cemig emitiu nota alertando sobre a possibilidade de acidentes graves por soltar pipa perto da rede elétrica.

De acordo com o órgão, foram registrados 960 ocorrências desta natureza no primeiro semestre de 2023, totalizando 276 mil clientes prejudicados em Minas Gerais pela falta de energia em suas casas e estabelecimentos. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a empresa foi acionada para cerca de 500 ocorrência de falta de luz em função da brincadeira.

O gerente de Segurança do Trabalho da Cemig, Lauro Fernando Ribeiro, recomenda que a brincadeira seja feita em locais abertos, para evitar contato com redes elétricas ou acidentes envolvendo cerol

“Hoje em dia, com a grande quantidade de redes de distribuição nos centros urbanos, a brincadeira de soltar pipas nesses locais ficou inviável. Caso a pipa fique presa em um componente da rede elétrica, a pessoa pode tomar um choque de até 13.800 volts. Por isso, é fundamental que os pais orientem seus filhos para evitar acidentes que podem até matar”, explica em nota divulgada pela empresa.

Risco de choque

A Cemig reforça a importância dos cuidados com a brincadeira em áreas urbanas, devido ao risco de contato da linha da pipa com os cabos de energia elétrica, podendo provocar um choque elétrico.

Segundo Lauro Fernando, a linha pode se transformar em um condutor, trazendo risco de lesões. O gerente ainda alerta a respeito de crianças que amarram os papagaios com arames e fios, materiais que ficam energizados após contato.

Linhas cortantes: o que diz a lei

A comercialização de linhas cortantes, como cerol ou linha chilena é proibida pela lei 23.515/2019, com multas de R$ 3.590 a R$ 179 mil em casos de reincidência.

Se a linha apreendida estiver em posse de um menor de idade, os pais ou responsáveis legais da criança ou adolescente serão notificados e o caso será encaminhado ao Conselho Tutelar.

Formado em Jornalismo pelo UniBH, em 2022, foi repórter de cidades na Itatiaia e atualmente é editor dos canais de YouTube da empresa.