Ouvindo...

Preço do tomate dispara e interrompe queda da cesta básica, aponta pesquisa

Preço do tomate sobe devido ao período de entressafra

Tomate ficou ficou 32% mais caro

Com reajuste de mais de 30%, o tomate — junto com o açúcar e o feijão carioquinha — foi o grande responsável pelo aumento da cesta básica em Belo Horizonte, que atingiu, em maio, o valor de R$707. Os dados são de pesquisa do Instituto de Pesquisas Econômicas (Ipead) ligado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

“Esse crescimento foi de cerca de 1,75%, correspondendo a R$12 no curso da cesta básica. Temos fatores que provocaram o aumento de alguns itens e, também, tivemos outros que impediram que o preço da cesta subisse. Tivemos itens importantes que sofreram queda”, disse economista do instituto, Diogo Santos.

Ele explica que o preço do tomate aumentou devido ao período de entressafra — quando a oferta cai e o preço sobe. “Por outro lado, o que segurou o preço da cesta básica foi a queda no preço do óleo de soja — que diminuiu mais de 11%. Isso porque o Brasil vive um momento de grande safra”, explicou o especialista.

Quais são os itens da Cesta básica?

  • Chã de dentro (7kg)

  • Leite pasteurizado (7,5L)

  • Feijão carioquinha (4,5 kg)

  • Arroz (3kg)

  • Farinha de trigo (1,5kg)

  • Batata inglesa (6kg)

  • Tomate Santa Cruz (9kg)

  • Pão francês (6kg)

  • Café moído (600g)

  • Banana caturra (12kg)

  • Açúcar cristal (3kg)

  • Óleo de soja (1L)

  • Manteiga (750g)

A inflação em Belo Horizonte subiu no mês de maio, de acordo com o Ipead. Comparada com abril, passou de 0,27% para 0,44% — uma alta de 0,17%. Já no caso das famílias mais pobres, o impacto é de 1,71%. A culpa, segundo a fundação, é o preço da passagem de ônibus.

“Nesse mês, a inflação foi muito impactada pelo aumento da tarifa de ônibus, que aconteceu no final de abril. Aquelas famílias que utilizam mais o transporte urbano — famílias que recebem de um a cinco salários mínimos — sentem a inflação mais alta”, explicou.

Mas, segundo o especialista, a notícia boa é que alguns itens têm, repetidamente, caído em custo médio na capital. “O custo da alimentação na residência, por exemplo, tem caído nas últimas semanas. Isso fez com que a gente captasse, já nas últimas duas semanas, uma inflação que, apesar de ser maior do que a do mês anterior, começou a desacelerar”, finalizou.

Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.
Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.