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Caso Ian: audiência é marcada, e mãe pede Justiça contra pai e madrasta suspeitos de matar menino de 2 anos

Ian, de 2 anos, morreu no início de janeiro e suspeita é que ele tenha sido vítima de maus-tratos

Ian morreu no início de janeiro por traumatismo craniano

Está marcada para a primeira semana de maio a primeira audiência de instrução e julgamento do processo sobre o caso do menino Ian Almeida Rocha, de 2 anos, que morreu em 10 de janeiro, após ser atendido no Hospital de Pronto Socorro (HPS) João XXIII, em Belo Horizonte.

A criança deu entrada dois dias antes no Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, com uma lesão na cabeça, escoriações no queixo e um edema na testa. A investigação da Polícia Civil concluiu que o menino foi agredido pela madrasta, de 34 anos, na casa em que morava, no bairro Jaqueline, na região Norte da capital.

Já o pai do Ian, de 31 anos, não teria socorrido o filho depois que chegou em casa do trabalho. O casal está preso, e nega o crime. A versão da madrasta é que uma panela de pressão teria caído no chão e Ian teria escorregado. Já o pai afirma que socorreu o menino, o que segundo o inquérito, não aconteceu. A investigação reuniu provas de exames que mostram que a lesão que causou a morte do menino foi provocada por uma agressão.

Na manhã desta quinta-feira (13), a mãe do Ian, Isabela Carolina de Almeida Costa falou sobre esse primeiro passo do caso na Justiça. Muito emocionada, ela disse que espera que os responsáveis paguem pelo que fizeram com o filho dela, que é lembrado com muito carinho.

“Tem sido muito difícil. Tenho muito pesadelo, os irmãos me perguntando o tempo todo, pedindo para ir lá no cemitério para abrir o caixãozinho dele para ver mais um tiquinho. Eu espero muito que tenha justiça, que eles vão a júri e que eles paguem pelo que fizeram. Eu não imaginaria nunca que eu estaria passando por isso, que eles teriam coragem de fazer isso. Ele [Ian] era uma criança tão amorosa, cuidadoso, uma criança tranquila, amava ir para a escolinha”, conta Isabela.

Segundo a Polícia Civil, há um registro anterior de maus-tratos, de 2022, em que o pai de Ian foi apontado como suspeito da agressão.

Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.