O número de furtos de celular cresceu mais de 30%, nos dois primeiros meses de 2023, em Minas Gerais, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Ao todo, segundo o Observatório de Segurança Pública da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (sejusp), 7.521 casos de furto foram registrados no período, sendo mais de 4 mil deles na capital, Belo Horizonte. Os números já vinham de uma crescente entre os anos de 2021 e 2022: em todo o ano passado, foram mais de 17 mil furtos de celular no estado.
Também nos meses de janeiro e fevereiro, a Sejusp registrou 1.758 casos de roubo de celular em Minas – casos em que houve violência ou grave ameaça contra a vítima. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma leve queda nesse tipo de crime.
A major Layla Brunella, porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, lembra que entre as duas modalidades, a principal diferença é que o furto pode ser considerado um crime de oportunidade:
“O autor observa a vítima, observa o local e se aproveita de alguma oportunidade que foi concedida por essa vítima para cometer o delito. Seja uma desatenção, uma exposição de um bem um valor, a desatenção ao ambiente, a pessoa que perde ali a noção de um ambiente muito populoso ou mesmo estando no local ermo. Por isso que as medidas de autoproteção na prevenção dos furtos são fundamentais.”
Em shows, festivais, jogos e outros grandes eventos, o cuidado deve ser redobrado, segundo a major.
“Essas medidas de autoproteção são fundamentais e eu preciso ampliar ainda mais o meu cuidado com o ambiente, levar ao mínimo de objetos necessários, colocar esses objetos sempre junto ao corpo, pedir para amigos e pessoas que estão ali próximas para monitorar o entorno enquanto eu utilizo, por exemplo, o aparelho celular, ou enquanto eu vou retirar um dinheiro da minha bolsa, porque isso vai ampliar a minha segurança individual e vai impedir que o delito aconteça.”
No caso dos smartphones, que muitas vezes têm GPS e possibilidade de serem rastreados, a major alerta que o mais importante é comunicar o crime à polícia, para que haja a possibilidade de recuperar o aparelho.
"É possível que, caso o receptador ou ao autor do furto esteja em via pública, que a Polícia Militar realize uma abordagem e consiga localizar esse aparelho e fazer a devolução pra vítima, após o encaminhamento da Polícia Judiciária. Mas, normalmente, o que acontece é que esse aparelho se encontra dentro de residências, em condomínios residenciais, e a localização nunca é exata. Isso impede, em razão de não existir o flagrante, que polícia adentre na residência sem ter uma certeza da localização. Por isso, a vítima pode buscar a Polícia Judiciária para poder passar essas informações e pedir que medidas ligadas à investigação, como o mandado de busca e apreensão, sejam expedidas”.
No caso de furto, o boletim de ocorrência pode ser registrado pelo cidadão de forma digital, no site