A menina G.K.N.S, de um ano e nove meses,
Ao chegarem lá, foram informados pelo delegado que a criança havia sido devolvida pela avó e que o casal deveria assinar um termo de que a criança lhes estava sendo entregue. “A partir daí foi só alegria! Eu não sabia se ria ou se chorava, nós transbordamos de alegria”, disse Karen à Itatiaia.
O pai, Júlio Souza, que trabalha numa empresa de telecomunicações, contou que sentiu uma felicidade semelhante ao dia em que a filha nasceu. “Fui o primeiro a pegá-la. Foi uma das emoções mais fortes da minha vida”, falou. Karen contou que o delegado pediu apenas que eles cuidassem bem da criança e informou que o Conselho Tutelar fará um acompanhamento com visitas periódicas ao casal para se certificar de que a criança está bem.
Relembre
O casal ficou mais de duas semanas sem ter qualquer notícia da filha. Eles contaram que sempre deixavam a menina com a avó materna para poderem trabalhar. No dia 15 de fevereiro, depois de um desentendimento entre Júlio e o cunhado (irmão de Karen), a avó materna decidiu não devolver a menina aos pais e viajou para paradeiro desconhecido, parou de atender o celular e de responder a ligações. Karen e Júlio registraram cinco boletins de ocorrência e perambularam vários dias entre delegacias, a Defensoria Pública e o Conselho Tutelar em busca de ajuda para recuperarem a filha.
“Foram dias e dias de muito sofrimento. Ainda não sei o que vai acontecer com minha mãe. Não sei se terá que responder criminalmente pelo que fez. Eu não desejo mal algum a ela. Só queremos viver em paz”, disse Karen. Ela e o marido já estão providenciando uma escolinha para deixar a menina, enquanto trabalham. “Achamos que será bom para ela conviver com outras crianças. No restante do tempo, vamos nos revezar para cuidar dela”.
Polícia Civil
Procurada pela Itatiaia, a Polícia Civil informou que “considerando a natureza sigilosa do inquérito policial, a PCMG só se manifestará após a conclusão do inquérito policial”. A avó pode responder por subtração de incapaz.
A Itatiaia tenta uma posição do Conselho Tutelar de Contagem desde a última segunda-feira (27), mas não teve retorno.
A Defensoria Pública de Minas Gerais informou que “o caso ocorre em segredo de Justiça, como todos os processos envolvendo menores de idade e, desta forma, a Defensoria tem por obrigação não se manifestar. A Defensoria de Minas seguirá acompanhando e atuando junto à Vara de Família, tomando todas as providências cabíveis.”
A Itatiaia tentou, por diversas vezes, contato com a avó da criança. No entanto, o telefone está desligado. Ela também não respondeu às mensagens enviadas via aplicativo de mensagem.