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Greve do metrô no Carnaval causa prejuízo de R$ 6 milhões, diz CBTU

Durante o Carnaval, ao menos 800 mil pessoas deixaram de ser atendidas, de acordo com balanço da Companhia

Estações do metrô seguem fechadas em Belo Horizonte em meio a greve dos trabalhadores

Iniciada em 14 de fevereiro, a greve dos metroviários - que ainda vigora - provocou prejuízos de R$ 6 milhões à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que divulgou um balanço sobre os impactos do movimento grevista nesses primeiros 10 dias.

As estações foram fechadas às 20 horas do dia 14 de fevereiro, uma terça-feira, e permaneceram fechadas, inclusive durante todo o Carnaval.

De acordo com a CBTU, em 2020, 800 mil pessoas utilizaram os serviços do metrô em Belo Horizonte e Contagem, na região metropolitana. Somente na estação Central, localizada na praça da Estação, na capital mineira, 150 mil pessoas passaram pelas catracas do metrô.

A Companhia ainda calcula que a greve prejudica 100 mil pessoas diariamente e que o movimento grevista descumpre uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-3), que determinou o funcionamento dos trens com manutenção de escala mínima de 70% dos trabalhadores do metrô. A decisão judicial ainda estabeleceu multa diária de R$ 150 mil durante os dias de Carnaval e R$ 100 mil nos outros dias, em caso de descumprimento.

O Sindmetro, sindicato que representa os metroviários, teve R$ 250 mil bloqueados de suas contas, de acordo com decisão do TRT-3.

“A Companhia reitera que entende esta greve como política e irresponsável. Além disso, a CBTUMG concorda com o TRT-MG que o movimento traz prejuízos à coletividade em relação ao direito de ir e vir dos usuários, às repercussões econômicas e sociais, além do risco à segurança da população”, informou o CBTU em comunicado.

Nesta quarta-feira (22), os metroviários decidiram manter a greve por tempo indeterminado. Uma manifestação está marcada para esta sexta-feira (24) e o sindicato programa uma caravana até Brasília. O objetivo é pressionar pela manutenção dos empregos de 1.600 pessoas em meio às negociações para a privatização do metrô de Belo Horizonte. O contrato com a Comporte Participações S.A, que venceu o leilão, deve ser assinado no mês que vem.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.