Belo Horizonte registra, em média, mais de um caso de dano ao patrimônio por dia. Levantamento da prefeitura da capital mostrou que, entre 2017 e 2022, a média foi de 397 casos a cada ano, mais de um a cada dia.
Até mesmo no primeiro ano da pandemia da Covid-19, os números foram altos. Em 2020, a Guarda Municipal de BH registrou 378 casos, o terceiro maior do recorte histórico e número mais próximo da média dos cinco anos. Desde então, os registros caíram anualmente - 361 em 2021 e 307 em 2022.
O último caso de maior destaque diz respeito às estátuas de grandes nomes da literatura mineira e brasileira. As esculturas de Carlos Drummond de Andrade, Henriqueta Lisboa, Murilo Rubião, Pedro Nava e Roberto Drummond
No caso da escultura de Carlos Drummond de Andrade, que fica na rua Goiás, no Centro de BH, serão feitos, por exemplo, modelagem, fundição e solda dos óculos do escritor, além da solda da mão direita. A estátua de Henriqueta Lisboa, na Savassi, também em BH, teve as mãos e o livro que estava sobre elas arrancados. Todas as estátuas também serão limpas e terão a oxidação removida.
A situação é parecida com as estátuas de Roberto Drummond (na Praça da Savassi), e de Murilo Rubião (nos Jardins da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, em BH). Ambas passarão por reforços nas soldas, escovação e remoção da oxidação.
Combate e prevenção
O executivo afirmou ainda que a Guarda Municipal faz patrulhamentos diariamente “nas praças, parques e imediações de unidades de Saúde, de Educação e de demais instalações da Prefeitura, utilizando para esta finalidade motos e viaturas de quatro rodas”. Essas ações contam ainda com monitoramento feito por câmeras do Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP-BH).
Por meio das imagens, é possível identificar e prender os responsáveis, assim como encaminhá-los às Centrais de Flagrantes (Ceflans) da Polícia Civil, para as devidas providências. Por parte da população, denúncias anônimas de danos ao patrimônio público podem ser feitas pelos telefones 153 ou 190.