Casos de violência sexual envolvendo médicos em Minas Gerais estão sendo investigados pelo Conselho Regional de Medicina (CRM). Ao todo, já são 12 de denúncias de pacientes e, por mês, a média de denúncias gerais chega a 87 registros.
O corregedor do CRM Minas, o médico cardiologista Ricardo Hernane Oliveira, detalha as denúncias que, na maioria das vezes, estão relacionadas à pedofilia.
“Nós tivemos casos de pedofilia e de mulheres que denunciaram. A nossa pena é geralmente pesada em uma situação como essa, inclusive pela pena capital de cassação desse profissional.”
Ricardo Hernane orienta que o paciente sempre tenha um acompanhante assim como o profissional da saúde.
“Assédio é uma situação complexa porque ela envolve uma coisa chamada ‘feeling’. Um procedimento que para o médico é um procedimento absolutamente técnico a paciente pode interpretar com outros olhos. Às vezes a paciente realmente é assediada. Infelizmente, loucuras acontecem. A orientação é sempre atender com alguém.”
O médico orienta que caso o paciente esteja vivendo uma suspeita de assédio sexual deve denunciar.
“O código de processo exige que seja por escrito. Nós ainda não aceitamos denúncias por e-mail. Mas, mandando um ofício para cá com a identidade do paciente é feita a denúncia. Fazer um relato, se possível, mais detalhado com as pessoas que possam corroborar a denúncia.”
No geral, chegam ao Conselho Regional de Medicina 87 denúncias de todas as formas.