Greve do metrô de Belo Horizonte deixa 100 mil passageiros sem o transporte nesta quarta-feira

A greve dos metroviários, iniciada nesta quarta-feira (14), deixa cerca de 100 mil passageiros (por dia) sem o metrô a partir de hoje. A categoria protesta contra a privatização do serviço, que tem leilão marcado para o dia 22 deste mês. A greve ocorre por tempo indeterminado.

Com isso, as 19 estações do metrô de Belo Horizonte amanheceram com os portões fechados. Quem depende do metrô para se deslocar é obrigado a recorrer a outros serviços, como ônibus, aplicativo ou táxi.

Como forma de auxiliar os belo-horizontinos durante a greve do metrô, a linha emergencial E019, que faz a rota estação Eldorado, em Contagem, Belo Horizonte voltou a operar.

A medida foi divulgada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram). Segundo a nota, as viagens acontecerão das 5h30 às 23h, no formato de linha direta, sem paradas.

O preço da passagem será de R$ 4,50. Usuários que fazem integração pagarão conforme o valor da linha integrada. O embarque será realizado na plataforma A3 da estação Eldorado.

Justiça Federal

Na semana passada, o Partido dos Trabalhadores (PT) entrou com uma ação para impedir o leilão. A ação popular foi ajuizada na Justiça Federal de Brasília na semana passada. O pedido é assinado pela presidente da legenda, deputada Gleisi Hoffmann, pela secretária do partido, Gleide Andrade, e pelos deputados petistas Rogério Correia, Odair Cunha, Leninha, Beatriz Cerqueira e Macaé Evaristo.

Os deputados petistas já haviam tentado barrar a obra no mês passado, quando entraram com uma ação no TCE contra o processo de concessão. O conselheiro Durval Ângelo acatou o pedido dos petistas e recomendou que o processo fosse suspenso. Apesar da recomendação do TCE, o leilão continua marcado para o dia 22.

Os R$ 2,8 bilhões citados pela bancada petista foram liberados para a obra de expansão do metrô da capital mineira em 2021 e serão aplicados na construção da linha 2, que vai ligar a região do Barreiro, e a ampliação da linha 1.

Manifesto

O Ministério Público Federal (MPF), o governo de Minas e deputados da comissão Pró-Ferrovias da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) criaram, na semana passada, um manifesto em apoio ao projeto de concessão do metrô.