A reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) participa nesta quinta-feira (8), em Brasília, de uma reunião dos dirigentes de universidades e institutos federais para tratar do corte de verbas para as instituições. Em outras áreas da educação, a redução de recursos também deve prejudicar a aquisição de livros didáticos para alunos de escolas públicas.
Sem dinheiro até para o pagamento de despesas básicas, como contas de água e luz, os reitores tentam, mais uma vez, reverter o bloqueio de recursos.
“A UFMG está no vermelho. Ela não tem dinheiro para pagar conta de água ou luz. Não tem dinheiro para pagar as bolsistas que já trabalharam no mês anterior”, disse a reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart. “Nós estamos trabalhando com os parlamentares. Vai haver uma sessão extraordinária para nos ouvir”, completou.
Ela ainda disse que a UFMG está em contato com a equipe de transição. “Podemos dizer que vivemos a pior crise orçamentária. Nós nunca estivemos em um momento tão dramático. Esperamos que a gente possa reverter isso”, disse.
Ensino básico
A preocupação vai muita além a perda de bolsas e pagamento de contas. Alunos da educação básica, que são alunos dos ensinos fundamental e médio, podem ter atrasos para receber livros didático no ano que vem. Essa é a maior preocupação apontada pelo educador Elcídio Pimenta Arruda, vice-coordenador do curso de pós-graduação em Educação pela UFMG.
“Nós temos um universo de quase 50 milhões de jovens no ensino fundamental emedo e o governo federal sequer fez o empenho para o processo de compra dos livros. Isso significa que vamos ter um atraso, talvez, de muitos meses”, explicou
Por isso, os docentes continuam a mobilizações. "É necessário se mobilizar, é necessário mostrar que a educação é extremamente importante. Um país sem educação de qualidade é um país que vai ficar pobre”, acrescentou.