A Polícia MIlitar de Minas Gerais solicitou à BHTrans, companhia que gerencia o trânsito de Belo Horizonte, que bloqueasse o acesso ao entorno da avenida Raja Gabaglia, na região centro-sul da capital mineira. Há cerca de duas semanas, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) protestam em frente à sede da 4ª Região Militar do Exército, que fica as margens da rodovia.
Uma nova manifestação foi marcada e ocorreu desde o início da manhã. Vestidos de verde e amarelo, manifestantes pediam ‘intervenção’ das Forças Armadas contra o resultado das eleições presidenciais, que garantiram vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no segundo turno.
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A reportagem apurou que o objetivo do pedido da PM era facilitar a operação no local, para que manifestantes tivessem garantido um acesso “facilitado” ao local, mas a BHTrans recusou. Nos bastidores, houve pressão para que a empresa cedesse ao pedido da Polícia Militar.
Veja:
A presidente da BHTrans, Júlia Gallo, confirmou que “foi solicitado à equipe da BHTrans o fechamento de ruas de acesso à Av. Raja”.
“A BHTRANS atua no sentido de garantir a fluidez do trânsito e no direito de ir e vir da população belo-horizontina e, em razão disso, após análise, a equipe não verificou qualquer razão operacional para os fechamentos solicitados”, respondeu.
Júlia afirmou, ainda, que um eventual o pedido acarretaria em um impacto na fluidez do trânsito nas adjacências “e foi devidamente orietada, apesar do pedido, a continuar o trabalho objetivando desobstruir a Av. Raja Gabaglia”.
Ainda conforme apuração da reportagem, outro aspecto que pesou para que a BHTrans não respaldasse o pedido da PM é que a adoção de bloqueio de vias não teria respaldo jurídico. Isso porque, nas últimas semanas, tanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como o Supremo Tribunal Federal (STF), na figura do ministro Alexandre de Moraes, determinaram à forças de segurança federais e estaduais - incluindo as Polícias Militares - que atuassem para
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da PM, mas não recebeu resposta até o momento.