Os casos de conjuntivite continuam crescendo em Belo Horizonte e, desta vez, afetando também um número maior de crianças. Pacientes relatam que nos pronto-atendimentos específicos para tratar doenças dos olhos o tempo de espera pode passar das oito horas.
Até o momento, a Secretaria Municipal de Saúde de BH, já registrou três surtos de conjuntivite em 2022: o último ocorreu há 20 dias. No ano passado, não houve notificações.
“Este ano, nós já tivemos notificados três surtos de conjuntivite, sendo o mais recente no mês passado. Todos eram adultos. A gente acompanha e monitora”, explicou o diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica de Belo Horizonte, Paulo Roberto Correia.
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Em geral, ataca os dois olhos, pode durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar sequelas.
“A conjuntivite é uma doença relativamente benigna, mas precisa de uma avaliação porque ela pode ter complicações. Então, a orientação é quando o olho fica vermelho, lacrimejando, como secreção procurar uma unidade de saúde para ser avaliado por um profissional”.
Cuidados especiais com a higiene ajudam a controlar o contágio e a evolução da doença. Qualquer que seja o caso, é fundamental lavar os olhos e fazer compressas com água gelada, que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico comprado em farmácias ou distribuído nos postos de saúde.
Sintomas
– Olhos vermelhos e lacrimejantes;
– pálpebras inchadas;
– sensação de areia ou de ciscos nos olhos;
– secreção purulenta (conjuntivite bacteriana);
– secreção esbranquiçada (conjuntivite viral);
– coceira;
– fotofobia (dor ao olhar para a luz);
– visão borrada;
– pálpebras grudadas quando a pessoa acorda.
Prevenção
– Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes;- lavar com frequência o rosto e as mãos, uma vez que estes são veículos importantes para a transmissão de micro-organismos patogênicos;
– não coçar os olhos;
– usar toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos, ou lavar todos os dias as toalhas de tecido;
– trocar as fronhas dos travesseiros diariamente, enquanto perdurar a crise;
– não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza;
– não se automedique.
Fonte: Ministério da Saúde