O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou, nesta quinta-feira (8), um prazo de até 72 horas para que empresas que compraram propilenoglicol com suspeita de contaminação se manifestem. A intenção é identificar quais marcas teriam usado os lotes de composto adulterados - D5053C22 e AD4055C21 - e retirá-los de circulação.
Em nota, a pasta explicou que “as empresas deverão se manifestar através de seus responsáveis técnicos em até 72 horas, utilizando o
De acordo com o comunicado, as empresas deverão buscar os lotes indicados em seus estoques e realizar imediatamente a separação e suspensão das linhas de produção.
Até o momento, apenas petiscos da Bassar Pet Food teriam sido afetados pela contaminação do composto. No entanto, como
Conforme o MAPA, as empresas devem:
Verificar a rastreabilidade nas ordens de produção desde janeiro de 2022, para identificação de produtos cujos lotes tenham sido fabricados com o uso dessas matérias-primas. Caso encontrem, elas devem recolhê-las no comércio atacadista e varejista;
Informar ao MAPA se possuem em estoque os produtos em questão;
Informar se possuem em estoque outros lotes de propilenoglicol, de mesma procedência e não relacionadas e especificar quais são estes lotes;
Verificar e reter toda matéria-prima que receberam da Tecnoclean Ltda e que apresentem a relação dos lotes que por ventura tenham em estoque;
Revisar seus procedimentos de seleção de fornecedores e recebimento de matérias-primas, principalmente voltados ao propilenoglicol.
Revenda
A Tecnoclean Industrial Ltda, empresa de Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte, que vendeu propilenoglicol para a Bassar Pet Food, explicou que não fabrica a substância. O insumo - que estaria contaminado com monoetilenoglicol - faz parte da composição dos petiscos que teriam intoxicado cães no país, sendo que apenas em Minas Gerais dez morreram.
Em nota enviada à Itatiaia, a Tecnoclean explicou que “não fabrica propilenoglicol, apenas tendo comprado da empresa A&D Química Comércio Eireli (que é o importador) e revendeu ao mercado nacional como apenas distribuidor”. Ainda, conforme o texto, a “falha deve ser entendida entre o importador e o fabricante.”
Ainda em nota, a Tecnoclean informou que não há irregularidades na empresa e que “está à disposição das autoridades públicas e sanitárias” para “provar a lisura de sua conduta no mercado de alimentos de Pets”.
A reportagem entrou em contato por telefone com a A&D Química Comércio Eireli, no entanto, não foi atendida. Porém, o espaço segue à disposição para que a empresa possa se manifestar.
Recall
Nessa quarta (7), a Bassar Pet Food informou que
Entenda
A
Na sexta passada, a Polícia Civil divulgou
Conforme a perita criminal Renata Fontes, três produtos diferentes da Bassar passaram por processamento. Todos eles foram entregues pelos tutores. “Recebemos desde o início da semana materiais que foram encaminhados pela delegacia do consumidor para análise”, destacou em coletiva.
“Nós identificamos a presença do monoetilenoglicol em um dos produtos que foram encaminhados à perícia. Praticamente todos que foram encaminhados foram processados”, detalhou a perita.