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‘Não é nada tardio’, afirma secretária de educação de BH sobre Reforço Escolar

Itatiaia Agora entrevista secretária de educação de BH, Ângela Dalben. Ela esclarece críticas sobre demora pra agir, falta de transparência e qualidade de profissionais em programa

Desde o anúncio feito pelo prefeito de Belo Horizonte (PBH), Fuad Noman, o programa de Reforço Escolar proposto pela prefeitura da capital vem recebendo críticas. A reportagem da Itatiaia conversou com representantes dos profissionais da educação e um especialista na área, que avaliaram como tardia e insuficiente a medida.

O objetivo principal é recuperar a defasagem na educação verificada após o período sem aulas regulares, durante a pandemia de coronavírus.

''Nós tivemos uma pandemia mundial que afetou todas as crianças e adolescentes do mundo. Nesse percurso, muito foi feito. Quando foi possível o retorno presencial, em fevereiro deste ano, a primeira ação nossa foi fazer diagnóstico com as crianças em sala de aula. Isso porque a gente precisava saber o que as crianças aprenderam e o que não aprenderam”, explicou a Secretária de Educação da capital, Ângela Dalben, nesta terça-feira, no Itatiaia Agora.

Pelo plano, a Prefeitura de BH prevê investimento de 128 milhões de reais, aplicados na contratação de profissionais e compra de equipamentos, como tablets e computadores.

"É importante colocar que (esse investimento) não aconteceu agora. Eles já vem acontecendo. E, hoje, nós temos todas as escolas reformadas, equipadas e preparadas para metodologias ativas para o momento de mais aprendizagem recomposição”, disse.

O programa lançado ontem (5) abrange crianças de 9 a 15 anos, matriculados do 4º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Outro programa, para alunos do primeiro ao terceiro ano, já havia sido lançado há alguns meses.

Entretanto, ela disse que o Reforço Escolar já acontece desde fevereiro dentro da sala de aula. “Agora, estamos chamando empresas para nos ajudar no ‘contra turno’. Quer dizer, (no período) noturno, você tem as aulas com os professores, o reforço na sala de aula ou em pequenos grupos na escola. No ‘contraturno’, mais reforço para aqueles que têm mais dificuldades”, explicou.

Sendo assim, a secretária rebateu as críticas de que o programa teria sido aplicado de forma tardia. “Não é nada de tardio, é no tempo certo a partir de diagnósticos e avaliação das necessidades”, acrescentou a secretária.

Para isso, foi necessária a contratação de profissionais para esse programa. “Uma empresa conseguiu compor tudo que a gente colocou como necessário. Hoje, ela já está atuando com 5 mil estudantes e tem ‘um desenho’ de atender até 10 mil estudantes”, disse. Confira a entrevista completa

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