A guerra entre as gangues do ‘Miolo’ e ‘Troca Égua’, que aterroriza moradores do bairro 1º de Maio, na região Norte de Belo Horizonte, não vai acabar ‘nunca’. O aviso é de um adolescente apreendido pela Polícia Militar (PM) na noite desse quinta-feira (1º), dia em que bandidos foram para as ruas armados e encapuzados.
“Eles é (sic) covarde, você entendeu? Eles (gangue ‘Troca Égua’) mataram foi meu irmão (de consideração), eles mataram foi o Caio. Eu vi foi meu amigo com o rosto todo costurado, senhor, na terça-feira (30)”, disse o criminoso, que já tem várias passagens pela polícia.
De acordo com a PM, a guerra foi intensificada após a morte de Caio Vitor de Souza, 18 anos, no começo desta semana. Caio seria irmão de ‘Macaco Louco’, criminoso apontado como chefe da gangue do Miolo.
“O negócio é que aqueles caras da Troca Égua é (sic) covarde mesmo. Os caras que matou (sic) foi da Troca Égua . O Caio não envolvia (com o tráfico), o Caio nunca envolveu, não. Ele estava preso, tava vindo de descida de menor (sic) e eles foi (sic) e pegaram na covardia”, disse o infrator.
‘O que é deles tá guardado”, ameaçou o suspeito. Ao ser questionado se a guerra vai acabar, respondeu: “Nunca”.
O adolescente destacou ainda não ter nada a perder e negou que a gangue do ‘Miolo’ tenha determinado toque de recolher na comunidade. “É tudo mentira”.
Comunidade ocupada
A PM ocupa as principais vias do bairro. Além do adolescente, um suspeito de 18 anos foi preso. A dupla, que é da gangue do Miolo, estava uma casa. Com eles, os policiais encontraram revólver calibre 38, uma pistola semiautomática, coletes à prova de bala, munições e drogas.
O sargento Lisboa, do Tático Móvel do 13° Batalhão da PM, diz que os detidos têm envolvimento com a guerra. “São dois integrantes da gangue denominada facção lá do Miolo e são indivíduos já conhecidos da guarnição por envolvimento no tráfico de drogas, roubos e outras ocorrências”, disse o militar.
A PM tranquiliza os moradores. “A gente aproveita e manda um recado para população em geral que pode confiar utilizando os canais de denúncia, como o 190 e o 181. Nós estamos à disposição para poder combater o crime”, garantiu o Lisboa.
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