O buraco onde o garotinho Pedro Augusto Ferreira Alves, de 8 anos, caiu e morreu na cidade do Carmo do Paranaíba, faz parte de uma obra particular de loteamento. Ele foi retirado, nesta manhã (22) por militares do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu.
O canteiro não estaria sinalizado. “No local do acidente, há um ambiente de obra - sem mais detalhes, até então - onde a criança estava brincando antes da queda no buraco de, pelo menos, 6 metros de profundidade. Em princípio, o terreno não estaria cercado ou sinalizado, mas não há como afirmar”, informou os bombeiros.
O buraco tem, aproximadamente, 6 metros de profundidade e o resgate durou aproximadamente 16 horas. Ainda de acordo com a corporação, o lugar é uma área de aterro com solo instável e precisou ser escorado, gradualmente, à medida que os militares avançavam no acesso à criança.
A Itatiaia apurou que a obra pertenceria à Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Por meio nota, a companhia negou.
“A Copasa informa que não tem relação com a referida obra executada na cidade de Carmo do Paranaíba, pois trata-se de um empreendimento particular. As equipes que atuam na área não fazem parte do corpo de funcionários da Companhia, tampouco de suas terceirizadas prestadoras de serviço”, informou.
A Itatiaia tentou contato com a empresa de loteamento mas não teve retorno.
Tragédia
A informação da morte do menino foi repassada para a Itatiaia pela secretária de saúde do município, Talita Gontijo. As causas da morte ainda não foram divulgadas, mas acredita-se que tenha sido por hipotermia aliada a desidratação.
Conforme informações do Corpo de Bombeiros, após ser resgatado, por volta de 9h45, o garotinho, “que se encontrava com rebaixamento do nível de consciência quando foi retirado e suspeita de parada cardiorrespiratória, foi imediatamente colocado em uma ambulância municipal, que se encontrava em apoio à operação, sendo levado rapidamente para o Hospital Regional de Patos de Minas”, relatou o tenente coronel Duarte.
O trabalho de resgate dos militares do Corpo de Bombeiros durou cerca de 17 horas e foi preciso fazer um acesso lateral, com uma escavação técnica e manual, ao lado do buraco.
A primeira estratégia usada pelos militares foi a de tentar puxar o garoto com uma corda. Porém, como o terreno é instável eles optaram por mudar a forma de resgate e acionaram equipe especializada que fez um acesso lateral. Para manter o garoto com vida, os militares forneceram oxigênio por um tubo, além de alimentação líquida e contato verbal, conforme informações do tenente coronel Duarte em entrevista ao G1 na manhã desta segunda-feira.
Entenda
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(com colaboração de Gilberto Martins)