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Caso Lorenza: pai da vítima é o primeiro a ser ouvido no julgamento desta segunda

Lorenza foi encontrada morta em abril de 2021, no apartamento do casal, no bairro Buritis, região Oeste de Belo Horizonte. Ao todo, 28 testemunhas, de defesa e acusação, devem ser ouvidas

Julgamento ocorre nesta segunda-feira

O pai de Lorenza de Pinho, de 41 anos, Marco Aurélio Silva, foi primeira testemunha a ser ouvida no julgamento do procurador de Justiça André Luiz Garcia de Pinho, acusado de matar Lorenza Maria Silva de Pinho em abril de 2021.

A audiência de instrução e julgamento será na sede do Tribunal de Justiça de Belo Horizonte, na avenida Afonso Pena. Ao todo, 28 testemunhas, de defesa e acusação, devem ser ouvidas. Há a possibilidade de que André Luiz seja interrogado ainda hoje.

O pai da Lorenza disse que, nos últimos quatro anos, quase não tinha contato com a filha e os netos. Isso porque André teria afastado a companheira dos familiares.

Marco Aurélio afirmou, também, em depoimento, que a mensagem que recebeu vindo do celular da neta informando a morte de Lorenza foi uma mensagem que despertou desconfiança.

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O crime

Lorenza foi encontrada morta em abril de 2021, no apartamento do casal, no bairro Buritis, região Oeste de Belo Horizonte. De acordo com a conclusão do inquérito feito pelo Ministério Público com apoio da Polícia Civil, o responsável pelo crime seria André Luiz Garcia de Pinho, que segue preso preventivamente.

No dia da morte, o réu disse que a esposa havia se engasgado, enquanto dormia, após tomar remédios e ingerir bebida alcoólica. Um atestado de óbito emitido por dois médicos, que também foram indiciados, confirmou a versão do promotor. No entanto, outra perícia feita no Instituto Médico Legal (IML) apontou que a causa da morte seria intoxicação e asfixia por enforcamento.

Sem júri popular

Pelo fato de André de Pinho ser promotor, há prerrogativa de função, portanto o julgamento não será no júri popular e, sim, diretamente na segunda instância.

A audiência de instrução vai colher depoimentos do réu e de testemunhas, em um processo que pode durar todo dia e até se estender para terça-feira (9). Em seguida, as partes vão fazer as alegações finais para o possível julgamento, a ser feito no próprio Tribunal de Justiça na presença de 25 desembargadores.

Com informações de Renato Rios Neto e Amanda Antunes

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