O governo de Minas Gerais lançou, nesta terça-feira (30), um programa voltado ao atendimento de mulheres vítimas de violências e assédios durante o Carnaval deste ano. O “Plantão Acolhe minas”, que terá representantes de entidades como as polícias Civil e Militar, o Ministério Público e a Defensoria Pública, vai funcionar entre os dias 10 e 13 de fevereiro. Uma estrutura de acolhimento às foliãs será montada no prédio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul da capital.
Levantamento da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG) aponta que a importunação sexual é o principal tipo de violência cometido contra as mulheres no período carnavalesco.
No espaço de acolhimento às mulheres, será possível fazer boletins de ocorrência (BOs) contra os acusados, bem como solicitar medidas protetivas para casos de urgência. Psicólogas também vão ficar de plantão para dar apoio emocional às vítimas.
Trabalhadoras da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) também vão compor o grupo responsável por atender as foliãs que procurarem o Plantão Acolhe minas. A ideia é que haja servidoras responsáveis por encaminhar as mulheres para a rede de saúde de BH caso seja necessário.
“Este carnaval vai dar um apoio às mulheres como nunca se teve. O atendimento aqui (será) 100% composto por mulheres. Mulher tem de falar com mulher”, disse o governador Romeu Zema (Novo), ao comentar os procedimentos adotados pelos profissionais que estarão de plantão na sede do Iepha-MG.
Serviços oferecidos no ‘Plantão Acolhe minas':
- Triagem dos casos e atendimento psicológico com profissionais do Centro de Referência Estadual Risoleta Neves (Cerna);
- Orientação jurídica
- Registro de ocorrências e expedição de pedidos de medidas protetivas
- Orientação a respeito do uso e abuso de álcool e outras drogas
- Encaminhamentos à rede de saúde de Belo Horizonte
Patrulha de prevenção
Ainda de acordo com o governo mineiro, todos os policiais militares da Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica vão atuar nos dias de Carnaval. A ideia é que, durante o carnaval, as mulheres possam utilizar o protocolo “Fale Agora”, feito para enfrentar a violência sexual.
O protocolo, já seguido por bares, restaurantes e outros espaços de lazer, foi adaptado para ser aplicado pelos blocos que desfilam por ruas de cidades como BH.
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