O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional,
Waldez Góes, defendeu a manutenção do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC), publicado por decreto em outubro deste ano pelo governo
Lula (PT), voltado à prevenção de desastres naturais, como o
tornado que atingiu, especialmente, o município de
Rio Bonito do Iguaçu, no interior do Paraná.
De acordo com o ministro, por muitos anos o país “lidou muito com o pós-desastre”, e a política do governo federal busca fortalecer uma “nova cultura de risco”.
“
Esse plano está pronto. O Brasil tem um sistema inovador de informação precoce dos incidentes. Claro, no caso de tornados é mais difícil prever. Ciclone você monitora, mas o tornado não tem como dimensionar o estrago que ele pode fazer, como aconteceu aqui em Rio Bonito do Iguaçu”.
— disse Goés em coletiva de imprensa neste domingo (9).
O ministro ressaltou que, em decorrência das
mudanças climáticas, todos os estados brasileiros estão sujeitos a “situações extremas”. Ele afirmou que não é possível “diminuir os eventos”, mas que é preciso investir no preparo para enfrentá-los. “Podemos nos preparar mais e melhor para lidar com eles [fenômenos naturais] e evitar que vidas sejam ceifadas e patrimônios perdidos”, declarou.
Veja vídeo:
O PNPDEC estabelece princípios e diretrizes para coordenar a atuação conjunta da União, estados e municípios na prevenção e resposta a
desastres naturais.
Segundo o governo, o plano representa um marco para a política de defesa civil no país, servindo de base para ações práticas coordenadas pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), liderado por Goés.
Entre os principais objetivos estão o mapeamento de áreas de risco, o aperfeiçoamento dos sistemas de alerta, o fortalecimento da capacidade de resposta e reconstrução após desastres e o estímulo à participação do setor privado no financiamento de medidas preventivas, além da capacitação de agentes públicos.
O
presidente Lula, que está em Belém, no Pará, para acompanhar a
COP 30, anunciou o envio de ministros às cidades afetadas pelo tornado na sexta-feira (7), no interior do Paraná. Além de Goés, participam da comitiva a ministra de Relações Institucionais,
Gleisi Hoffmann (PT), e o ministro da Saúde, Adriano Massuda.
A passagem do tornado pelo Paraná deixou, até o momento, seis mortos e pelo menos 750 feridos.
Passagem de tornado deixa rastro de destruição no Paraná:
Reprodução/ Portal Sudoeste Online
Reprodução/ Portal Sudoeste Online
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*** Com informações de William Batista, da
CNN Brasil.