Em depoimento à Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCESP), Kauan Silva Bezerra, de 19 anos, amigo de Douglas Alves da Silva, suspeito de atropelar e
Kauan disse que, no dia do atropelamento, estava com Douglas desde o início da noite. Ele confirmou que o amigo conversava com a vítima, no bar, instantes antes do crime. Ainda de acordo com o depoimento do amigo, Douglas não gostou de ver Tainara conversando com outro rapaz na festa e ficou “enfurecido”.
Já no fim da festa, do lado de fora, os dois teriam discutido de maneira “acalorada”. O amigo conta que, em seguida, Douglas Alves entra no carro, e Kauan senta no banco do passageiro, o que desmente pela segunda vez a versão de Alves, que havia negado anteriormente ser o condutor do veículo.
Para a polícia, Kauan narra a dinâmica do atropelamento da seguinte maneira: depois que os dois já estavam dentro do carro, Douglas deu uma volta contornando o rio e “do nada” começou a acelerar. Logo em seguida, jogou o carro em direção a Tainara. Kauan Silva conta que neste momento teria ficado “sem reação”.
Silva confirma que Douglas, depois de atropelar Taynara, puxou o freio de mão do carro e ficou “dando pressão” com a intenção de tentar matá-la.
Mulher arrastada na Marginal Tietê, em SP: motorista diz que 'não conhecia' a vítima
— Itatiaia (@itatiaia) December 3, 2025
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O motorista solta o freio de mão e sai em alta velocidade. Kauan disse que percebeu que algo prendia o carro, e em desespero, pediu para que o suspeito parasse o veículo. Ao descer do carro, Kauan viu que Tainara estava caída ao chão e presa embaixo do carro.
O amigo relata que Douglas só parou o carro depois que ele gritou. Populares socorreram Tainara. Kauan disse que naquele momento não conseguia acreditar no que o amigo tinha feito, e de não ter conseguido impedi-lo. Kauan afirma que pensou em puxar o freio de mão para parar o carro, mas ficou com medo de causar um acidente de trânsito.
Ele também afirma que não esperava que ele agisse dessa forma.
A Polícia Civil trata o caso como tentativa de homicídio qualificado, com as agravantes de feminicídio, motivo fútil e meio cruel. O depoimento de Kauan reforça a conclusão dos investigadores de que não houve acidente, mas uma ação antecedida por discussão e relação prévia entre autor e vítima.
Estado de saúde
Tainara Souza Santos de 31 anos é mãe de dois filhos, um de 12 e uma de 7 anos.
Segundo o irmão da vítima, Luan Henrique, Tainara deverá realizar um enxerto nas áreas amputadas para auxiliar na reconstrução dos membros. A data do novo procedimento ainda não foi definida.
Na terça-feira (2), a mulher de 31 anos foi submetida a uma terceira intervenção cirúrgica, que durou quase sete horas. Os médicos colocaram pinos na bacia e instalaram uma sonda.
*Com CNN