A partir desta sexta-feira (24), mais de 4,2 mil pessoas que não devolveram celulares roubados poderão ser notificadas e responsabilizadas criminalmente. O prazo para que os usuários comparecessem às delegacias terminou nesta quinta-feira (23), segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Os intimados receberam a notificação na última segunda-feira (20), durante a segunda fase da “Operação Rastreio”, e tiveram 72 horas para entregar os aparelhos. Quem não cumprir a determinação poderá responder por receptação.
De acordo com a corporação, todos os dispositivos recuperados passam por perícia. A polícia reforça que os legítimos proprietários estão sendo identificados e terão seus bens devolvidos.
Nesta quinta-feira (23), a operação teve um “Dia D” em todo o estado, com ações para capturar integrantes da cadeia criminosa e recuperar aparelhos roubados. Desde o início da operação, mais de 690 pessoas foram presas e mais de 10 mil celulares foram recuperados. Somente nesta semana, foram 271 prisões e 4.170 aparelhos apreendidos. Além disso, mais de mil estabelecimentos foram fiscalizados e oito comércios acabaram interditados.
O secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, destacou a importância de verificar a procedência de aparelhos antes da compra. “Estes celulares podem ter custado a vida de alguém. É preciso se conscientizar na hora de adquirir um celular de segunda mão e verificar antes se há alguma restrição. Todo cidadão pode usar o número de IMEI do aparelho e fazer a pesquisa no aplicativo Celular Seguro”, afirmou.
A Polícia Civil também orientou que os usuários devem utilizar o aplicativo “Celular Seguro RJ”, lançado em julho. A ferramenta, desenvolvida pelo Departamento Geral de Tecnologia da Informação e Telecomunicações (DGTIT), permite guardar e consultar o número de identificação (IMEI) de cada aparelho, além de verificar se há restrições nas bases da Polícia Civil e da Anatel. O aplicativo está disponível nas lojas online e facilita o bloqueio do aparelho em casos de roubo ou furto.