Moraes determina transferência de ex-deputado TH Joias para presídio federal

O ex-parlamentar foi preso pela Polícia Federal (PF) no âmbito de uma investigação que apontou que ele teria conexão com o Comando Vermelho (CV)

TH Joias é acusado dos crimes de tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a transferência do ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias (sem partido), do Rio de Janeiro para um presídio federal.

TH Joias foi preso pela Polícia Federal (PF) no âmbito de uma investigação que apontou que o parlamentar teria conexão com o Comando Vermelho (CV). Ele está detido no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, desde a deflagração da Operação Zargun, em setembro deste ano.

Até o momento, não há data definida para a transferência, nem informação sobre para qual unidade prisional federal TH Joias será encaminhado.

O ex-deputado, de 35 anos, foi preso pelos crimes de tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é suspeito de negociar armas com a facção criminosa. Na última eleição, recebeu 15.105 votos, ficando na condição de suplente.

A vaga na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) surgiu em meados deste ano, após o falecimento do deputado estadual Otoni de Paula Pai. O segundo suplente, Rafael Picciani (MDB), optou por permanecer no governo de Cláudio Castro (PL) como secretário de Esporte e Lazer, o que abriu espaço para a posse de TH Joias.

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Entre 2017 e 2018, ele já havia sido preso durante uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Na ocasião, permaneceu detido por dez meses, suspeito de pagar propina a policiais e de vender drogas e armas.

Nesta terça-feira (16), a PF deflagrou a segunda fase da Operação Unha e Carne, que investiga a suspeita de vazamento de informações de outra operação, a Zargun — responsável pela prisão de TH Joias e que também culminou na prisão do presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil).

Nesta etapa, o desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), foi preso. Segundo as investigações, o magistrado teria contribuído para o vazamento de informações da operação ao ex-deputado estadual.

Ainda nesta manhã, a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão contra Bacellar, que está licenciado do cargo. O parlamentar chegou a ser preso pela PF, mas foi solto na última terça-feira (9), após a Alerj aprovar, por maioria, sua libertação. Ele, no entanto, permanece afastado da presidência da Assembleia e deverá utilizar tornozeleira eletrônica, por decisão de Moraes.

Graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já foi produtora de programas da grade e repórter da Central de Trânsito Itatiaia Emive.

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