Na segunda fase da ‘Operação Unha e Carne’, realizada na manhã desta terça-feira (16) pela Polícia Federal, no Rio de Janeiro, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj),
Durante a operação desta terça, agentes da PF
Macário foi relator do caso envolvendo TH Joias no Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Ao todo, a PF cumpre um mandado de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
Segundo relatório da Polícia Federal, Bacellar teria avisado o parlamentar sobre a prisão e orientado TH Joias a apagar evidências e dados do celular. Bacellar deixou a prisão no dia 9 de dezembro, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e atualmente utiliza tornozeleira eletrônica.
O presidente da Alerj foi solto após o plenário da Casa votar pela revogação de sua prisão. Foram 42 votos a favor, 21 contra e duas abstenções. Entre as medidas cautelares impostas por Moraes estão o afastamento da presidência da Alerj, o uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar noturno, a proibição de contato com outros investigados, a entrega de todos os passaportes e a suspensão do porte de arma de fogo.
Relembre a prisão de TH Joias
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Além de TH, outras quatro pessoas foram denunciadas pelos crimes de associação para o tráfico de drogas e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito, segundo a CNN.
Thiego Raimundo dos Santos Silva, de 36 anos, teria usado o mandato para intermediar negócios ilegais, como a compra e venda de drogas, fuzis e equipamentos antidrones que seriam destinados ao Complexo do Alemão.
Também foram identificadas transações financeiras suspeitas de empresas ligadas a ele, o que indica lavagem de dinheiro. TH nasceu em uma comunidade da Zona Norte do Rio e aprendeu com o pai as funções de ourives na joalheria da família em Madureira.
TH Joias era famoso por suas peças personalizadas
Ele produzia peças personalizadas e já chegou a vender para famosos como Neymar, Vinícius Júnior, Adriano Imperador, John Kennedy, do Fluminense, L7nnon, Leo Santana, MC Poze do Rodo e também pela cantora Ludmilla.
Entre 2017 e 2018, ele chegou a ser preso por suspeita de pagar propina a policiais e vender drogas e armas. Ele também era apontado como responsável por lavar dinheiro para o Comando Vermelho, Terceiro Comando Puro (TCP) e Amigo dos Amigos (ADA).
Antes da carreira na política, ele apoiava iniciativas sociais ligadas ao esporte e à cultura nas favelas do Rio.
Ele se candidatou em 2022 e recebeu 15.105 votos, sendo suplente de Otoni de Paula pai. Após a morte do parlamentar em 2024, TH assumiu a cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).