Investigações da Polícia Federal (PF) revelaram uma rede que fornecia fuzis para facções do Rio de Janeiro, como o Comando Vermelho, por meio de fábricas de montagem e produção de armas já desarticuladas pela PF.
As fábricas, com capacidade de produzir arsenais de guerra,
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Conforme a PF, a fábrica de Santa Bárbara d’Oeste tinha capacidade para produzir até 3,5 mil fuzis por ano e utilizava pelo menos 11 equipamentos industriais de precisão, como tornos e fresadoras. Os agentes apreenderam mais de 150 fuzis prontos, além de mais de 30 mil peças.
“Ele fabricava o fuzil por inteiro. Era uma planta industrial profissional. Não era uma fábrica de garagem... Eram equipamentos de alta precisão que custavam milhões de reais”, explicou o delegado Samuel Escobar ao Fantástico.
A empresa usava o CNPJ de uma fábrica de peças aeronáuticas.
Calafate
Em Belo Horizonte, a fábrica de fuzis funcionava no bairro Calafate, Região Oeste da cidade. Silas Diniz Carvalho foi apontado pela PF como operador da oficina. Ele foi preso em 2023 com 47 fuzis em seu apartamento na Barra da Tijuca, no Rio. A mulher de Silas, segundo a PF, também participava da rotina de produção.
“Parecia uma fábrica normal, comum, uma fábrica de móveis, de esquadrias, de portas, mas, dentro da fábrica, no interior, tinha toda a operação ilícita”, disse Escobar.
A operação de 2023 mostrou que a
Além das munições, os policiais também apreenderam três carros de luxo.
Um dos suspeitos foi preso em Contagem, na Grande BH. No imóvel, foram encontradas peças de fuzis, carregadores e munições, além de uma Lamborghini avaliada em R$ 1 milhão.
Na fábrica de fuzis, os policiais federais encontraram materiais, maquinários e um caderno de anotações com manual de instruções que indicam que o grupo criminoso realizava a fabricação e montagem de fuzis no estado de Minas Gerais.