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Entenda a hierarquia do Comando Vermelho e quem são os chefes da facção no Rio

Ministério Público e Polícia Civil detalham como funciona a estrutura da facção, do topo da cúpula aos olheiros nas comunidades

“Doca” é procurado pela polícia e apontado como chefe do CV no Rio; imagem à direita mostra criminoso do Comando Vermelho durante megaoperação no Rio.

A hierarquia do Comando Vermelho (CV) foi divulgada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Civil, que detalharam o papel de cada criminoso dentro da facção. Os relatórios foram produzidos com base nas denúncias do processo da megaoperação no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos.

Conforme a investigação, a organização do CV no Rio é composta por sete níveis principais: chefes de guerra, gerentes de área, seguranças, soldados, vapores, radinhos e olheiros.

No topo da lista está Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca” ou “Urso”, apontado como líder do CV no Complexo da Penha. Ele é considerado a principal liderança da facção e tem 26 mandados de prisão pendentes.

Também aparece na lista Carlos da Costa Neves, o “General”, identificado como chefe de segurança de “Doca”. “General” é apontado como estrategista de guerra e responsável por táticas de enfrentamento às forças de segurança.

Edgar Alves Andrade, o Doca, é apontado pela Polícia Civil como um dos integrantes da cúpula do Comando Vermelho (CV)

Segundo a denúncia do MPRJ, o criminoso conhecido como “Grandão”, apontado como “síndico da Penha” e que aparece em uma conversa com um policial militar pedindo ajuda para recuperar um carro roubado, também está na lista. Ele é responsável por coordenar grupos de WhatsApp do CV, além de organizar escalas de plantão, bailes e pagamentos de propina.

Outro nome citado é o de Juan Breno, o “BMW”, que aparece em quarto lugar na hierarquia do Comando Vermelho, como comandante da Equipe Sombra, grupo encarregado de invadir territórios.

Na “empresa criminosa”, como é chamada pela Polícia Civil, os chefes de guerra estão no topo da hierarquia e são responsáveis por estratégias, finanças e invasões. Em segundo nível estão os gerentes de área, que coordenam o tráfico em comunidades e recolhem os lucros semanais.

Em seguida vêm os seguranças, responsáveis pela proteção direta das lideranças, como os guardas de “Doca”. Já os soldados atuam armados na defesa dos pontos de venda de drogas.

Os vapores fazem as vendas diretas e cuidam do transporte das drogas. Os radinhos coordenam a comunicação e repassam informações em tempo real sobre ações da polícia e movimentações de facções. Por último, os olheiros atuam próximos às comunidades e vigiam a movimentação nos complexos.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.