Um documento obtido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou uma conversa entre um major da Polícia Militar (PM) e um criminoso conhecido como “Grandão”, apontado como “síndico da Penha”, onde o militar pede ajuda para recuperar um carro roubado.
A conversa entre Washington César Braga da Silva, o “Grandão”, e o major
“Preciso recuperar. Carro do 01, esse eu tenho que resolver”, escreveu o oficial, que no início de outubro deste ano atuava como gestor estratégico na 5ª UPP / 23º BPM. Ele também era responsável pela área da Rocinha, e seu salário no último mês foi de R$ 26.667,24.
Ainda conforme o documento, após o pedido do major a “Grandão”, que 
O carro citado na conversa entre o major da PM e “Grandão” havia sido roubado em 26 de abril e foi recuperado três dias depois. As investigações também apontaram que “Grandão” usava um telefone exclusivo para se comunicar com policiais militares que recolhiam propina, segundo o O Globo.
Operação mais letal no Rio de Janeiro
A operação, que ocorreu nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, na última terça-feira (28), teve como alvo lideranças da facção do Comando Vermelho. Quatro moradores foram atingidos por balas perdidas, incluindo uma 
Durante a operação 121 pessoas foram mortas, entre elas quatro policiais. 113 criminosos do Rio foram presos, além de 33 de outros estados. Todos com envolvimento na facção criminosa do Comando Vermelho (CV). Um vídeo registrou o momento em que traficantes do CV lançaram bombas contra policiais usando um drone, durante a megaoperação. Barricadas em chamas também foram criadas pelos criminosos.
De acordo com a Polícia Civil, até o fim de setembro deste ano, 449 integrantes do Comando Vermelho foram presos. Durante a operação dez adolescentes também foram apreendidos.
Em relação ao armamento usado pelos criminosos, o balanço da polícia confirmou a apreensão de 118 armas, sendo 91 fuzis, 26 pistolas, um revólver e 14 explosivos. O delegado ressaltou ainda que milhares de munições e centenas de carregadores ainda serão contabilizados.
Segundo o delegado Felipe Curi, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, a investigação resultou na expedição de 180 mandados de busca e apreensão e 70 mandados de prisão no Rio, além de 30 mandados de prisão para traficantes do Pará. O delegado destacou que a operação contra os chamados “narcoterroristas” foi amplamente planejada.
 
                 
 
 
 
