Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, afirmou durante audiência, realizada nesta quarta-feira (26), que
Segundo Renê, que está preso no Presídio de Caeté, na Grande BH, policiais o coagiram afirmando que iriam acabar com a carreira de sua esposa,
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“O advogado que está cuidando do caso da Ana Paula ouviu o Lázaro (Lázaro Samuel Gonçalves, antigo advogado de Renê) falando para eu não confessar, mas eu confessei. Sabe por quê? Porque escutei no corredor ‘Nós já temos o exame da balística, já foi feita a perícia do projétil, foi a arma da Ana Paula’ e se eu não confessar, ‘a gente vai acabar com a carreira dela’”, alegou Renê.
O acusado afirmou, em seguida, que por isso, iria “falar o que quiserem que eu fale”.
“O delegado ia ditando o que a escrivã ia falando e ele falava: ‘Concorda?’ e eu vou falar o quê?”, afirmou. Segundo ele, o advogado Lázaro Samuel Gonçalves é sua testemunha.
Renê alegou, ainda, não saber o nome de quem fez as ameaças. Ele apenas citou características físicas dos delegados que colheram seu depoimento.
A audiência
Renê da Silva Nogueira Júnior prestou depoimento, nesta quarta-feira (26), no 1º Tribunal do Júri Sumariante, no bairro Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A sessão, realizada por videoconferência, durou cerca de 2h30 e terminou por volta das 11h30.
Embora tenha falado sobre sua trajetória pessoal, o empresário não respondeu às perguntas e sustentou que jamais admitiu a autoria do disparo. Segundo a assessoria do Fórum Lafayette, ele alegou que policiais teriam dito que poderiam prejudicar sua esposa, a investigadora Ana Paula Lamego Balbino — relação sobre a qual afirmou não saber se ainda se mantém.
Durante o interrogatório, o réu disse ter vivido isolado por muitos anos devido a uma doença do irmão e confirmou possuir formação universitária, apresentando diplomas anexados ao processo. Ele declarou ainda que foi “julgado pela imprensa” ao ser comparado a um “empresário da Shopee”.
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Renê alegou que andava armado por estar sendo ameaçado
Ainda segundo o Fórum Lafayette, Renê também afirmou que, no dia do crime, andava armado porque estaria sofrendo ameaças de um ex-sócio supostamente ligado ao jogo do bicho.
O empresário disse que ficou aproximadamente 30 minutos parado no trânsito antes de deixar o bairro onde mora e declarou que “teve oportunidade de atirar em outras pessoas, mas não o fez”, reforçando que jamais atiraria em alguém apenas por estar parado no congestionamento.
Ao final da audiência, a defesa pediu prazo para apresentar um requerimento sobre o recolhimento de dados do celular do réu. A juíza Ana Carolina Rauen concedeu dois dias, a partir de 1º de dezembro, para a juntada de diligências complementares e novos pedidos.
Renê responde por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, porte ilegal de arma de fogo e fraude processual. Se for condenado, a pena pode ultrapassar 30 anos de prisão.
Ao todo, quatro testemunhas foram ouvidas. Uma quinta foi dispensada, e as respostas da sexta serão enviadas por escrito por um perito da Polícia Civil.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil sobre acusações de Renê e aguarda retorno.