Hospital João XXIII mantém atendimento parcial após alagamento causado pela chuva em BH

Unidade faz triagem na porta: casos leves são enviados para UPAs e apenas emergências entram para atendimento; vídeos mostram água descendo por luminárias e fiação

Ambulâncias têm levado pacientes para outras unidades; corredores seguem cheios à espera de vagas

O atendimento no Hospital João XXIII, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, ainda não foi totalmente normalizado na manhã desta segunda-feira (24) após o alagamento registrado durante a tempestade de domingo (23). A situação provocou a paralisação temporária de parte dos serviços e mobilizou equipes da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

A Itatiaia foi até o local e constatou que o fluxo, por volta das 7h, funciona de forma parcial. Os pacientes passam inicialmente por uma triagem na entrada da unidade. Casos graves, que exigem intervenção imediata ou procedimentos para os quais o hospital é referência, seguem diretamente para atendimento interno.

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Já situações classificadas como leves — como sintomas gripais ou quadros sem risco iminente — estão sendo encaminhadas para outras unidades de saúde, como as UPAs Centro-Sul e Norte. Ambulâncias que chegam ao João XXIII também têm direcionado parte dos pacientes para esses outros espaços, a fim de evitar sobrecarga.

A Fhemig informou que manutenções emergenciais já ocorrem no local, visando normalizar o abastecimento

Servidores que conversaram com a reportagem afirmaram que as cirurgias seguem ocorrendo normalmente e que o bloco cirúrgico não precisou ser interrompido. No entanto, relataram um grande número de pacientes nos corredores aguardando vaga em enfermarias.

Como ocorreu o alagamento

O problema começou por volta das 14h de domingo (23). Vídeos enviados à Itatiaia mostraram água descendo pelo teto da unidade, próximo a luminárias e pontos de fiação elétrica. Segundo a Fhemig, as fortes chuvas e ventos provocaram acúmulo de folhas sobre a estrutura do hospital, o que entupiu calhas e causou o vazamento.

A água teria escoado por áreas de canalização elétrica, o que obrigou a interrupção de parte dos atendimentos por medida de segurança.

De acordo com a Fhemig, alguns setores já foram normalizados durante a noite e a madrugada. Pacientes foram remanejados internamente para outras alas, com o objetivo de garantir a continuidade do atendimento sem riscos.

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Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.

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