Enfermeiros do Hospital João XXIII, no Centro de Belo Horizonte, precisaram usar sacos de lixo para cobrir pacientes e protegê-los dos
Um vídeo ao qual a Itatiaia teve acesso mostra os funcionários utilizando o material para proteger um enfermo deitado numa maca deixada em um dos corredores do hospital. Próximo a ele, é possível ver grande volume de água caindo do teto.
“Olha que situação”, apontou o autor das imagens. Assista:
A situação fez com que o Hospital João XXIII acionasse seu “plano de catástrofe”, paralisando os atendimentos na unidade na tarde deste domingo. A decisão foi tomada devido aos grandes vazamentos de água que inundaram corredores do ambulatório, além das salas de raio X e tomografia. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.
Entenda o caso
Assista:
Enfermeiros, demais profissionais e acompanhantes precisaram retirar os pacientes das áreas onde caía água às pressas. O vazamento gerou, ainda, grandes poças no chão. Outros pacientes tiveram que continuar próximos de onde caía água.
Vazou água, inclusive, das tomadas do aparelho de tomografia, que precisou ser coberto com sacos de lixo para evitar maiores danos. Uma senhora precisou abrir um guarda-chuva dentro do hospital para se proteger da água.
Carlos Augusto dos Passos Martins afirmou que a situação gerou “caos” no Hospital João XXIII.
“Hoje estou de plantão aqui no Hospital João XXIII. O ambulatório estava cheio de marcas e pacientes desde de manhã, e agora, por volta de 14, começou essa chuva e o ambulatório começou a cair essa água em cima dos pacientes, em todos os setores e no raio X. Está um caos aqui. A gente tentando tirar os pacientes do local e não tem onde colocar”, relatou ele.
‘Água contaminada’
Um médico que atende no João XXIII demonstrou preocupação com os equipamentos do hospital. Além disso, apontou que se trata de água contaminada, que pode gerar infecções.
“Pode estragar absolutamente tudo, computador, monitor, insumos (gesso, gaze, algodão, esparadrapos). Não sei se está assim no hospital todo, mas pode estragar aparelho de raio-x, tomógrafo, interditar salas de cirurgia. Essa água é toda contaminada e aumenta o risco de infecção, o risco de queda”, afirmou.
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Os danos ainda não foram contabilizados.
Fhemig emite nota
A Itatiaia entrou em contato com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e o órgão emitiu nota afirmando que as intervenções emergenciais, que já acontecem, devem restabelecer o funcionamento adequado das áreas atingidas nas próximas horas.
Leia na íntegra:
“A direção do Hospital João XXIII, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), informa que, após as fortes chuvas e ventos deste domingo (23/11), as equipes de manutenção e engenharia predial foram acionadas e já estão atuando nos reparos necessários. As intervenções emergenciais devem restabelecer o funcionamento adequado das áreas atingidas nas próximas horas.
Com o temporal e os fortes ventos, muitas folhas caíram e entupiram as calhas. A limpeza será reforçada e outras estratégias de prevenção já foram acionadas, considerando o período chuvoso.
Alguns pacientes foram remanejados para outras alas, garantindo a segurança e continuidade da assistência.”