BH 128 anos: histórias de quem trabalha todos os dias na capital mineira

Diferença salarial motiva deslocamento diário de milhares de pessoas para a cidade, revelam dados do IBGE e especialistas

Renzo Nunes, vendedor ambulante de doces artesanais que mora em Sabará, depende totalmente das vendas na capital

O segundo episódio da série especial da Itatiaia sobre os 128 anos de Belo Horizonte, mostra histórias de quem não mora na capital mineira, mas cruza a região todos os dias para trabalhar na cidade. Desde a fundação, em 1897, BH se tornou um polo de oportunidades e segue atraindo profissionais de várias partes da Grande BH e do interior.

Segundo o IBGE, cerca de 1,5 milhão de pessoas trabalham com carteira assinada na capital. Para muitos, construir uma carreira em Belo Horizonte exige deslocamentos longos e uma rotina puxada.

A dentista Gabriela Oliveira, que mora em Contagem, vive esse cenário diariamente. “Vivo aqui, só vou para casa para dormir. Estou em Belo Horizonte desde pequenininha”, conta. A rotina dela representa a de milhares de outras pessoas que dependem de BH para trabalhar.

Salários como fator decisivo

A diferença salarial entre a capital e outras cidades é um dos principais fatores para essa migração diária. Carlos Calazans, superintendente de Trabalho e Emprego em Minas Gerais, explica que o sálario é um fator decisivo.

Ele afirma que diferenças de “300 a 600 reais” já fazem grande impacto na vida dos trabalhadores.

Pequenos empreendedores também veem oportunidades em BH. Renzo Nunes, vendedor ambulante de doces artesanais que mora em Sabará, depende totalmente das vendas na capital.

“De segunda a sábado chego em BH às 14h e fico até terminar de vender. Fico até umas 10 horas da noite. Alguns domingos vou para o parque vender também."Ele reforça a importância da cidade em sua vida

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Adriano Faria, afirma que Belo Horizonte está aberta a quem deseja trabalhar ou empreender.

“Para quem tentou empreender e que por algum motivo não conseguiu, fica aqui o nosso convite. É pra gente estender o tapete vermelho para quem quer empreender, gerar emprego e renda nessa cidade, e é para isso que temos trabalhado.”

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Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.

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