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Sobe para 667 o número de ataques a ônibus em SP; foram 47 apenas nesse domingo (13)

Os atos de vandalismo começaram há 1 mês em todo território paulista; a Polícia Militar iniciou a “Operação Impacto”, para ampliar a segurança de passageiros e motoristas

Desde o dia 12 de junho, o estado de São Paulo já registrou 667 ataques a ônibus, segundo dados da SPTrans e da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). Apenas na capital paulista, foram 421 casos de vandalismo.

Apenas neste domingo (13), foram 47 novos ataques. Entre as novas infrações cometidas no final de semana, apenas quatro boletins de ocorrência foram identificados pela Polícia Civil. Já no sistema intermunicipal, que opera na Região Metropolitana, foram registrados 246 casos de vandalismo desde junho, de acordo com a Artesp.

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Desde o início dos ataques, cinco homens foram presos e um adolescente apreendido. O caso mais recente ocorreu na quinta-feira (10), quando um homem foi preso em flagrante após arremessar pedras e danificar um ônibus em Guaianases, na Zona Leste.

Após o 235° ataque, a Polícia Militar iniciou a “Operação Impacto”, visando ampliar a segurança de passageiros e motoristas, além de monitorar os corredores, terminais e garagens de ônibus. A operação mobiliza, até o momento, cerca de 7,8 mil policiais e 3,6 mil viaturas em todo o estado.

Outras prisões

No sábado (5), dois homens foram presos em flagrante após danificarem coletivos em Pirituba e Santo Amaro, nas zonas Oeste e Sul, respectivamente, informou a secretaria.

Já no domingo (6) a Polícia Civil prendeu um homem suspeito de um ataque a ônibus que deixou uma passageira ferida após ser atingida com uma pedrada no rosto no dia 27 de junho.

A SSP disse que a pedrada deixou a mulher com múltiplas fraturas em ossos da face, além dela ter corrido risco de vida. O homem foi identificado e preso pela Polícia Civil em cumprimento a um mandado de prisão.

Investigação

O Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e a Delegacia Seccional de Santos iniciaram uma investigação sobre a onda de vandalismos, realizando um monitoramento cibernético e contato direto com a SPTrans para obter informações que auxiliem na constatação dos fatos. Inicialmente, o padrão dos ataques era considerado “atípico”, em função das várias empresas atingidas, em diferentes regiões e horários.

Com as análises, a Polícia Civil afastou o envolvimento de facções criminosas, como o PCC. “Por ora, afastamos a hipótese de envolvimento de facções criminosas”, disse o delegado Ronaldo Sayeg.

Na primeira fase da operação, outras oito pessoas foram presas no dia 4 de julho. As investigações reforçaram a ideia de que os atos de vandalismo podem ser motivados pela rivalidade e disputa por espaço entre concessionárias de ônibus. Outra hipótese investigada pelo Deic é a realização de desafios na internet.

Yuri Cavalieri é jornalista e tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band. Agora é correspondente da Itatiaia em São Paulo.