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Justiça nega prisão de padrasto suspeito de envenenar bolinho de mandioca

Jovem de 19 anos está internado em estado grave; Polícia Civil investiga caso como tentativa de homicídio

Ademilson, padrasto do jovem internado, em estado grave, após ingerir um bolinho de mandioca supostamente envenenado

A Justiça de São Paulo negou nesta quarta-feira (16) a prisão de Ademilson Ferreira dos Santos, padrasto do jovem de 19 anos que comeu um bolinho de mandioca que estaria envenenado em São Bernardo do Campo, na Grande SP.

O garoto está internado em estado grave.

Os bolinhos foram feitos pela tia do garoto, irmã de Ademilson, mas segundo a mãe da vítima, o padrasto fez questão de entregar a comida para a família. Os pais do jovem disseram à polícia que não tinham um bom relacionamento com a mulher.

A tia de Lucas prestou um segundo depoimento na tarde de terça-feira (15), quando confirmou ter feito os bolinhos de mandioca em casa. Cinco unidades foram enviadas para a casa do irmão, pai da vítima.

Já a tia disse à polícia que mantém bom relacionamento com a família, mas que estavam “um pouco afastados”.

Novo pedido de prisão

Segundo a polícia, foram feitas diligências na casa do garoto e da tia, onde foram coletadas amostras da massa dos bolinhos e de outros alimentos. Também foi solicitado exame toxicológico da vítima para definir qual substância provocou o envenenamento.

A delegada responsável pelo caso, Liliane Lopes Doretto, afirma que vai fazer um novo pedido de prisão temporária à Justiça. Ela disse tratar o caso com ‘muita cautela’ e que confirmou com o diretor do hospital onde o jovem foi internado que ele tem sintomas de envenenamento.

A mãe de Lucas era casada com Admilson há 14 anos e tinha outros dois filhos mais velhos.

O que aconteceu

O jovem Lucas de 19 anos foi internado com suspeita de envenenamento

Segundo o boletim de ocorrência na última sexta-feira (11), a tia de Lucas enviou cinco unidades de bolinho de mandioca, por volta das 20h.

Na casa estavam Lucas e os pais, todos consumiram o bolinho. Cerca de meia hora depois o jovem passou mal e precisou ser socorrido a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA)

O caso está sendo investigado pela 8ª Delegacia de São Bernardo do Campo. O laudo da perícia ainda não foi concluído.