O delegado da Polícia Civil do Paraná, responsável pelo caso em que o
Durante as investigações, ele detalhou que o homem chegou a proibir a vítima de usar contraceptivos para que ela engravidasse de outros homens, com quem era obrigada a manter relações sexuais contra a própria vontade. “Segundo a vítima, ele queria que ela engravidasse de uma menina e dizia que a criança seria dele, sempre em tom sexual. Ele queria que fosse filha dela, com outro homem, e que a criança pertencesse a ele”, explicou o delegado.
Ainda segundo Kruger, ao que tudo indica, o suspeito teria planejado dar à criança o mesmo destino que deu à vítima.
Prisão do suspeito e fuga da vítima
Segundo a Polícia Civil, o homem, de 51 anos, foi preso em flagrante, nessa terça-feira (16), na casa em que mantinha a ex-enteada em cárcere privado. Segundo as investigações, os abusos começaram quando a vítima tinha 7 anos, época em que a mãe dela mantinha um relacionamento com o suspeito.
“Os crimes ocorreram quando ela era criança. Ela era filha da esposa desse homem, era enteada dele. Ela era abusada diariamente. E são abusos graves”, detalhou o delegado.
Durante as investigações, a PC confirmou que o caso foi descoberto após uma denúncia feita ao 181, e que a vítima conseguiu fugir. Ela disse ao homem que precisava levar os filhos a um posto de saúde. Nesse momento, ela procurou uma delegacia.
Os três filhos da mulher são fruto do relacionamento abusivo. Ela engravidou pela primeira vez aos 15 anos e, aos 16, foi forçada a se casar com o padrasto. “Depois disso ela começou a conviver sozinha com ele, ele passou de padrasto para marido”, acrescentou.
“Segundo a vítima, ele sempre foi um homem muito agressivo. Ele batia na mãe dela e há outras testemunhas que presenciaram uma tentativa de feminicídio contra ela”, disse.
Vítima era estuprada por outro homens
O delegado informou também que o homem obrigava a vítima a manter relações sexuais com outros homens e registrava os abusos em vídeos e fotos. Na época, ela tinha 14 anos. A casa onde ele foi preso era equipada com câmeras de segurança usadas para vigiar a rotina dela.
“Ele fazia com que ela tivesse relação sexual com outros homens, sempre contra a vontade dela. E se, durante a relação, ela não demonstrasse prazer ou se os outros homens falassem que não sentiram prazer, ela era agredida”, explicou.
O suspeito é investigado por sete crimes: estupro de vulnerável, estupro, violência psicológica, privação de liberdade, perseguição, ameaças e dano emocional. A Polícia Civil também investiga se os filhos da vítima foram abusados. Se condenado, o suspeito pode pegar mais de 100 anos de prisão.