O Brasil apresentou um leve aumento no número de crianças e adolescentes entre 5 a 17 anos em
São 1,65 milhão de crianças e adolescentes desta faixa etária em situação de trabalho infantil, o que representa 4,3% da população desta faixa etária. São 34 mil jovens a mais em relação a 2023, que teve o menor patamar da história (4,2%).
Segundo o IBGE, dessas crianças e adolescentes, 1,195 milhão realizavam atividades econômicas e 455 mil produziam apenas para consumo próprio. Os dados são do módulo experimental de Trabalho de Crianças e Adolescentes de 5 a 17 anos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define o trabalho infantil como aquele que é perigoso e prejudicial para a saúde e o desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças e que interfere em sua escolarização.
São considerados também a faixa etária, tipo de atividade desenvolvida, número de horas trabalhadas, frequência à escola, realização de trabalho infantil tido como perigoso e atividades econômicas desenvolvidas em situação de informalidade.
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Reversão de tendência?
Nos últimos anos, os dados do IBGE apontavam queda no trabalho infantil e, com o aumento registrado neste ano, há o temor de uma reversão de tendência (ou seja, em vez de queda, o Brasil apresentaria aumento nos próximos anos). Porém, segundo o analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto, ainda é cedo para afirmar se haverá uma reversão da tendência de queda do trabalho infantil.
“Essa oscilação positiva de 0,1 ponto percentual, em relação a 2023, pode indicar até uma certa estabilidade. Para entendermos se há uma reversão da tendência de queda ou uma estabilização do indicador, será importante termos o resultado do próximo ano. Ressalta-se, no entanto, que no acumulado do período 2016-2024, foi estimada uma queda importante do contingente de crianças e adolescentes em trabalho infantil”, disse.