A Justiça decidiu que Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, que atropelou e matou duas jovens em uma faixa de pedestres em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, vai responder em liberdade.
O motorista terá que usar tornozeleira eletrônica e está proibido de dirigir veículos automotores. Ele também deverá cumprir recolhimento domiciliar noturno, das 22h às 6h, inclusive em fins de semana, e não poderá se afastar mais de 50 km da própria residência. Além disso, está proibido de manter contato com familiares das vítimas.
Em nota, a defesa de Brendo afirmou que recebeu a decisão com “serenidade e respeito”. Os advogados destacaram que a prisão preventiva é uma medida extrema e deve ser substituída quando não há risco de reincidência. Segundo a defesa, o estudante havia acabado de sair da faculdade e dirigia entre 60 km/h e 70 km/h no momento do acidente. O caso foi registrado como dolo eventual, quando o condutor assume o risco de provocar a morte.
O caso
As jovens Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa, ambas de 18 anos, morreram atropeladas enquanto atravessavam uma faixa de pedestres em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, no dia 9 de abril deste ano. Inseparáveis, as amigas comemoravam o primeiro emprego quando foram atingidas por um carro em alta velocidade. O motorista foi preso em flagrante.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), as jovens foram atropeladas na avenida Goiás, no bairro Santo Antônio. A PM foi acionada e, quando chegou ao local, já encontrou as vítimas sem vida.
Motorista que atropelou e matou duas jovens na Grande SP.
O motorista, identificado como Brendo dos Santos Sampaio, passou por um teste de bafômetro, que constatou que ele não estava bêbado. No entanto, imagens de câmeras de segurança indicam que o estudante de direito dirigia em alta velocidade. “Ele foi encaminhado à Delegacia da cidade, onde foi ouvido e preso em flagrante por homicídio”, afirma a SSP.
Isabelli havia
‘Amigas inseparáveis’
Em entrevista à TV Globo, Claudilene Helena de Lima, mãe de Isabelli, sua única filha, contou que a jovem havia acabado de conseguir uma vaga como menor aprendiz em um supermercado e tinha ido com a amiga, Isabela, até uma adega para comemorar a conquista.
Emocionada, Claudilene disse que as duas eram amigas inseparáveis desde a infância. “As duas eram amigas inseparáveis. Elas estudaram o ensino médio juntas e... morreram juntas. Isabelli ia começar [a trabalhar] na segunda-feira e não deu tempo. Saíram para comemorar e não deu tempo. Estavam voltando pra casa”, contou.