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Gás do Povo: entenda o programa de Lula que pretende oferecer botijão grátis

Programa substitui o antigo ‘Auxílio Gás dos Brasileiros’ e, segundo o governo, amplia o alcance da política social

Gás do Povo: programa do governo quer garantir botijão gratuito para famílias de baixa renda

O Governo Federal divulgou nesta quinta-feira (18) mais informações sobre o programa Gás do Povo. Lançada no início de setembro, a iniciativa promete entregar botijões de gás de cozinha (GLP) de forma gratuita a 15,5 milhões de famílias brasileiras, alcançando aproximadamente 50 milhões de pessoas.

O programa substitui o antigo Auxílio Gás dos Brasileiros e, segundo o governo, amplia o alcance da política social, triplicando o número de famílias atendidas.

Em Minas Gerais o programa deve beneficiar 1,2 milhão de famílias aproximadamente 3,6 milhões de pessoas, Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira

Confira as dúvidas respondidas pelo Governo Federal.

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Quem pode receber o benefício?

Têm direito as famílias inscritas no Cadastro Único, com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 759), sendo priorizadas aquelas que já recebem o Bolsa Família (renda per capita de até R$ 218).

Para manter o acesso, é obrigatório manter o CadÚnico atualizado. Além disso, a regularização do CPF do responsável pela família é condição essencial para adesão e permanência no programa.

Quando começa a valer?

Haverá um período de transição entre o Auxílio Gás e o Gás do Povo. A previsão é que as primeiras entregas ocorram em novembro de 2025. Em março de 2026, o benefício deve atingir a totalidade das famílias contempladas.

Como retirar o botijão

As famílias terão acesso aos botijões gratuitos diretamente nas revendas credenciadas. A retirada poderá ser feita com:

  • Aplicativo do programa (vale digital)
  • Cartão específico do Gás do Povo
  • QR Code emitido em agências da Caixa
  • Cartão do Bolsa Família

O desconto será concedido no ato da compra, sem necessidade de pagamento em dinheiro.

Quantos botijões cada família terá direito?

  • Famílias com 2 integrantes: até 3 botijões por ano (validade de 4 meses cada vale).
  • Famílias com 3 integrantes: até 4 botijões por ano (validade de 3 meses cada vale).
  • Famílias com 4 ou mais integrantes: até 6 botijões por ano (validade de 4 meses cada vale).

Cadastramento das revendas

As revendas de GLP que quiserem participar deverão se credenciar voluntariamente junto à Caixa Econômica Federal, seguindo regras de identidade visual e estando aptas a operar com o vale eletrônico.

No caso de municípios sem revendas credenciadas, a legislação obriga os distribuidores de maior participação no estado a garantir o fornecimento.

Como será financiado?

De acordo com o governo federal, o programa será totalmente custeado com recursos públicos.

  • Em 2025, estão previstos R$ 3,57 bilhões na Lei Orçamentária Anual (LOA).
  • Para 2026, a previsão é de R$ 5,1 bilhões.

Valor do benefício

O botijão será gratuito para os beneficiários. Caso desejem entrega em domicílio, o custo do frete será pago pelo consumidor.

As revendas serão ressarcidas pela Caixa com base em um valor de referência definido pelo MME e Ministério da Fazenda, calculado a partir dos preços divulgados pela ANP. Esse valor será atualizado periodicamente.

Relação com compromissos internacionais

O Gás do Povo também foi estruturado em sintonia com compromissos assumidos pelo Brasil, como o ODS 7 da ONU, que busca garantir acesso universal a energia limpa e acessível. O governo destaca ainda que o programa combate a pobreza energética e reforça a posição do país na transição energética justa.

Por que o novo modelo foi criado?

De acordo com o Governo Federal Auxílio Gás atendia cerca de 5,1 milhões de famílias, mas o valor era pago em dinheiro e muitas vezes não era utilizado na compra do botijão. Agora, com o vale direto na revenda, o governo afirma que garante efetivamente a proteção das famílias mais vulneráveis.

Segundo dados oficiais, 90% dos lares beneficiados são chefiados por mulheres, que são as principais afetadas pela poluição intradomiciliar causada pela lenha e pela pobreza energética.

*Sob supervisão de Edu Oliveira

Estudante de jornalismo pela PUC Minas. Trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre Cidades, Brasil e Mundo.