A família da brasileira
Juliana Marins terá que pagar os custos para trazer o corpo da jovem de volta ao Brasil. A informação foi confirmada pelo
Itamaraty nesta quarta-feira (25), que explicou que, por lei, o governo brasileiro não pode usar recursos públicos para custear o traslado de restos mortais de cidadãos falecidos no exterior.
Juliana morreu após sofrer uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, no último sábado (21). Ela escorregou em uma encosta e caiu cerca de 600 metros abaixo da trilha principal.
A jovem fazia o percurso com outros turistas e um guia, mas acabou ficando sozinha. Drones chegaram a flagrá-la com vida no mesmo dia, mas o mau tempo impediu o resgate.
O Itamaraty informou que está prestando assistência consular à família, com orientações e apoio na emissão dos documentos necessários, como o atestado consular de óbito. No entanto, reforçou que sua atuação é limitada e segue a legislação nacional e internacional.
O corpo de Juliana foi localizado na terça-feira (24) e
resgatado nesta quarta (25), após uma operação que durou mais de sete horas. A ação contou com socorristas e voluntários e aconteceu durante a madrugada no horário de Brasília.
O corpo foi levado de helicóptero até o Hospital Policial de Bhayangkara, onde passará por exames para confirmação da causa da morte antes de ser liberado para a família.
O pai de Juliana, Manoel Marins, embarcou para a Indonésia na terça, com a esperança de encontrá-la com vida. Em uma publicação nas redes sociais, ele lamentou a morte da filha: “Você se foi fazendo o que mais gostava e isso conforta um pouco o nosso coração.”
Juliana era publicitária, morava em Niterói (RJ) e fazia um mochilão pela Ásia. Ela estava realizando o sonho de viajar sozinha com recursos próprios. A família, amigos e internautas se mobilizam agora para arrecadar fundos e viabilizar o translado do corpo ao Brasil.