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Jornal da Itatiaia - 1ª Edição

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Empresário morto em Interlagos: morte de catador no mesmo local pode desvendar caso

Marcelo Edmar da Silva, catador de latinhas, morreu no mesmo local e de forma parecida, em novembro do ano passado

Empresário morto em Interlagos foi encontrado dentro de buraco de cerca de três metros de profundidade

Um catador de material reciclável que foi morto no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, pode ser peça-chave para desvendar a morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior, encontrado morto no mesmo local no início deste mês. Os dois casos indicam ação violenta dos profissionais que trabalham no circuito de vigilância do local.

Marcelo Edmar da Silva, o catador de latinhas, foi morto em novembro do ano passado, depois de ter sido torturado por vigilantes do Autódromo de Interlagos. Ele teria escalado o muro do local e sido impedido pelos seguranças, que o amarraram e espancaram até a morte.

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Os vigilantes suspeitos da morte de Marcelo estão presos e respondem por uma ação criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) por tortura.

Relação com a morte do empresário

Assim como no caso do catador de latinhas, o crime que levou à morte de Adalberto também indica que houve a participação dos trabalhadores do setor de vigilância. Isso porque, pelo menos até agora, a Polícia Civil não encontrou as imagens que mostram o momento em que o corpo do empresário é deixado no buraco em que foi encontrado.

Ele teria dito a um amigo que assim que o evento acabasse, iria pegar o carro no estacionamento do local. As últimas imagens de câmeras de segurança que mostram o empresário registraram Adalberto andando no estacionamento, mas não mostram se ele chegou até o veículo ou não. Essa foi a última vez que ele foi visto.

Além disso, a polícia trabalha com a hipótese de que Adalberto se desentendeu com os seguranças e levou “mata-leão” de um deles. Um dos laudos emitidos pelos agentes após o crime indica que o empresário morreu por asfixia.

Relembre o caso

Adalberto desapareceu na noite do dia 30 de maio, após participar de um evento com experiências de motos em um autódromo. Ele estava com um amigo, última pessoa que o viu ainda com vida. Depois, o empresário foi encontrado morto dentro de um buraco de cerca de 3 metros de profundidade.

Após o crime, a Polícia Civil de São Paulo encontrou manchas de sangue no carro dele. As amostras são dele e de uma mulher que ainda não foi identificada. O próximo passo é confrontar o sangue com o DNA da esposa de Adalberto, pra saber se o material é dela.

Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.