A Polícia Civil de São Paulo indiciou o empresário Gleison Luís Menegildo pelo assassinato de Giovana Pereira, de 16 anos, cujo
O inquérito será agora encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se formaliza a denúncia à Justiça. A morte da jovem, que desapareceu em dezembro de 2023, ganhou um novo desdobramento com a prisão temporária de Gleison e de outros dois funcionários de sua empresa na semana passada. A polícia encontrou novas evidências que o ligam diretamente à morte, e não apenas à ocultação de cadáver, pela qual ele já havia sido preso e liberado mediante fiança.
Versão da defesa e depoimento do empresário
Em depoimento à polícia, Gleison Menegildo afirmou que conheceu Giovana por um aplicativo de relacionamento e, após um encontro, eles só voltaram a se falar depois de sete meses, quando a jovem pediu um emprego. O empresário alegou que, em 21 de dezembro de 2023, Giovana estava em sua empresa, consumiu cocaína que ele havia deixado no local e passou mal, vindo a morrer. Ele disse que, em pânico, e com a ajuda de um funcionário, transportou o corpo na caminhonete e o enterrou em seu sítio.
A defesa de Gleison, representada pelo advogado Carlos Sereno, contesta a versão da polícia. Ele afirmou que a morte de Giovana foi uma tragédia decorrente de um “consumo exagerado de drogas” durante uma confraternização da empresa. “Infelizmente, na hora do desespero, acabaram fazendo essa besteira”, disse o advogado sobre a ocultação do corpo. Sereno acrescentou que um laudo necroscópico, ainda a ser divulgado, “irá confirmar se ela morreu de overdose”.
Família da vítima contesta versões
A mãe de Giovana, Patrícia Alessandra Pereira, relatou que encontrou mensagens da filha com Gleison no celular, nas quais a adolescente admitiu ter se relacionado com o empresário e recebido ajuda financeira. A última vez que a mãe falou com a filha foi um dia antes de seu desaparecimento. O corpo da jovem foi encontrado oito meses depois e sepultado em fevereiro deste ano.
O caseiro do sítio, Cleber Danilo Partezani, que também foi preso na semana passada, confessou à polícia que ajudou a abrir a cova para enterrar a adolescente a pedido do patrão. A defesa de Gleison e Cleber nega o assassinato. A identidade do terceiro funcionário preso não foi revelada.