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Dia da Padroeira: Santuário Nacional de Aparecida deve receber 450 mil fiéis no interior de SP

De acordo com a estimativa do governo paulista, entre os dias 3 e 12 de outubro quase meio milhão de fiéis passarão pela Basílica

Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida em SP

O governo de São Paulo estima que cerca de 450 mil pessoas passem pela cidade de Aparecida, no interior paulista, para as celebrações do Dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, que é comemorado neste domingo (12). O balanço conta desde o último dia 3, quando iniciou-se a novena de em homenagem a Nossa Senhora.

Além de levar o nome da santa, a cidade de Aparecida (SP) abriga o Santuário Nacional, maior templo católico do Brasil e que é dedicado à Padroeira. Um dos locais mais visitados na Basílica é o nicho blindado e pintado a ouro que abriga a imagem original da santa.

O Centro de Inteligência da Economia do Turismo, ligado à Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, aponta que, em média, os visitantes que viajam até Aparecida costumam permanecer de três a quatro dias na cidade. O órgão estima que a Festa da Padroeira deve gerar R$ 168,8 milhões em movimentação financeira direta.

Cronograma de celebrações deste domingo (12):
00h às 4h — Vigília Mariana
5h — Missa
8h – Missa Solene
10h30 – Missa
12h – Missa das Crianças
14h – Missa
15h – Consagração Solene
16h – Missa
18h – Missa de encerramento
20h30 – Procissão Solene

A história de Aparecida

Em 1717, três pescadores brasileiros encontraram no rio Paraíba do Sul, em São Paulo, uma imagem incompleta de Nossa Senhora da Conceição. Essa descoberta marcou o início de uma profunda devoção popular, que culminou na proclamação de Nossa Senhora Aparecida como a padroeira do Brasil.

Em 12 de outubro de 1717, um evento extraordinário ocorreu no rio Paraíba, em Guaratinguetá (SP). Três pescadores depararam-se com uma descoberta que mudaria a história religiosa do Brasil. Após um dia frustrante sem nenhuma captura, um dos pescadores lançou sua rede e, para sua surpresa, retirou dela uma imagem de madeira escura, sem a cabeça. Em seguida, em uma segunda tentativa, encontrou a cabeça da imagem, identificando-a como sendo de Nossa Senhora da Conceição.

A partir desse momento, as redes dos pescadores passaram a ser repletas de peixes. A notícia se espalhou rapidamente pela região, e a imagem, encontrada por acaso no rio, tornou-se objeto de grande devoção.

A imagem milagrosa foi levada para a casa de um dos pescadores, onde as pessoas começaram a se reunir para rezar e pedir graças. A fama da imagem de Nossa Senhora Aparecida, como passou a ser conhecida, se espalhou por todo o Brasil, atraindo fiéis de diversas regiões.

A devoção popular cresceu exponencialmente, e em 1745, foi construída uma capela especialmente dedicada à imagem. Com o passar dos anos, a fé dos brasileiros na padroeira se fortaleceu, e em 8 de setembro de 1904, a imagem foi solenemente coroada.

Em 1929, um marco histórico: o Papa Pio XI proclamou Nossa Senhora Aparecida como Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial.

Parte da cultura brasileira

A capela onde a imagem foi guardada deu lugar ao Santuário Nacional de Aparecida, que se tornou um dos maiores centros de peregrinação católica do mundo. Milhões de fiéis visitam anualmente o Santuário, em busca de fé, esperança e graças espirituais.

O Santuário Nacional de Aparecida é um dos lugares mais buscados para momentos de espiritualidade, paz interior e conexão com a fé. Além da beleza arquitetônica e da rica história, o santuário oferece diversas atividades religiosas, como missas, novenas e momentos de oração, que podem renovar sua fé e trazer conforto para sua alma.

A devoção a Nossa Senhora Aparecida reflete a profunda fé do povo brasileiro e a importância da religiosidade na cultura nacional. A imagem da santa é vista como um símbolo de proteção, maternalidade e intercessão divina. Sua história inspira milhões de pessoas a buscarem uma conexão mais profunda com Deus e a fortalecerem seus valores espirituais.

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Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.