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Cantor sertanejo é condenado a 35 anos de prisão por matar ex-namorada carbonizada em São Paulo

João Vitor foi condenado por feminicídio por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de violência doméstica, descumprimento de medida protetiva, furto e destruição de cadáver

O crime aconteceu em setembro de 2023, quando a dentista foi agredida violentamente e teve o corpo parcialmente carbonizado

Após 11 horas de julgamento, o Tribunal do Júri decidiu, nesta quarta-feira (16), condenar o cantor sertanejo João Vitor Malachias a pouco mais de 35 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de Bruna Angleri, de 40 anos, em Araras, no interior de São Paulo. A defesa informou que vai recorrer da decisão da Justiça.

João Vitor foi condenado por feminicídio por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de violência doméstica, descumprimento de medida protetiva, furto e destruição de cadáver.

O crime aconteceu em setembro de 2023, quando a dentista foi agredida violentamente e teve o corpo parcialmente carbonizado pelo ex-namorado em um condomínio de alto padrão.

Em um dos depoimentos, mãe da dentista disse que, logo no começo do relacionamento dos dois, percebeu que o cantor tinha personalidade agressiva. Afirmou que, quando terminaram, ele passou a persegui-la.

Uma ex-namorada dele também foi ouvida e contou que foi agredida por João Vitor e tinha uma medida protetiva contra ele. Ela disse ainda que a dentista chegou a entrar em contato com ela para saber como era o cantor e como poderia se proteger.

Relembre o caso

Bruna Angleri era dentista, foi violentamente agredida e teve o corpo parcialmente carbonizado, dentro da sua casa, em um condomínio de alto padrão, em setembro de 2023. De acordo com informações da Polícia Militar, a mãe da dentista estranhou que a filha não dava notícias e foi até a casa dela, encontrando-a morta sobre a cama do quarto.

O cantor, que teve um relacionamento de alguns meses com a vítima, foi considerado, desde o início, o principal suspeito e chegou a ser ouvido pela Polícia Civil, mas negou o crime. Na ocasião, ele recusou-se a fazer exame de corpo de delito e outros exames com base no direito de não produzir prova contra si mesmo.

Dez dias depois do crime, a Justiça expediu um mandado de prisão contra o cantor. Ele foi preso em um posto de combustível entre Ribeirão Preto e Cravinhos, quando tentava fugir para Goiás.

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Yuri Cavalieri é jornalista e tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band. Agora é correspondente da Itatiaia em São Paulo.