O governo brasileiro tem tomado uma série de medidas para controlar e prevenir a disseminação da gripe aviária no país. Essas ações envolvem respostas a focos identificados e estratégias de vigilância e prevenção.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram confirmados dois focos no estado do Rio Grande do Sul. Um caso foi identificado em uma granja
Leia também:
O governo garantiu que a situação está controlada e que o monitoramento segue sendo feito. As medidas no local dos focos incluem:
- Isolamento dos casos;
- Na granja afetada em Montenegro, está sendo realizada a depopulação das aves, totalizando cerca de 17 mil aves no local;
- Monitoramento de outros estabelecimentos rurais em um raio de até dez quilômetros do foco, de forma coordenada, permitindo atendimento simultâneo das equipes;
- Instalação de barreiras de desinfecção na mesma área e
No Zoológico de Sapucaia do Sul, a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) determinou a suspensão da visitação por tempo indeterminado, com as equipes seguindo as orientações da Defesa Sanitária Animal e da Secretaria da Saúde.
Fonte: Governo do RS
A coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola (Pesa) da Seapi, Ananda Kowalski, explicou que a gripe aviária afeta tanto aves domésticas quanto silvestres, sendo caracterizada pela alta mortalidade. Segundo ela, a ocorrência da doença no Brasil é recente em comparação a outros países.
“O Brasil acompanha com atenção os focos mundiais. Em 2022, foi registrada pela primeira vez a entrada da H5N1 na América do Sul, com casos na Colômbia, no Chile e no Peru. Já no Brasil, o primeiro registro foi em maio de 2023, no Espírito Santo”, detalhou.
Além da resposta aos focos pontuais, o governo brasileiro mantém ações. São elas:
- O Brasil acompanha com atenção os focos mundiais;
- Elaboração de um plano nacional de vigilância com monitoramento constante dos plantéis avícolas e das aves de subsistência;
- Ações de fiscalização, especialmente nas granjas avícolas, foram ampliadas;
- A aplicação de medidas de biosseguridade nos estabelecimentos avícolas para limitar a exposição de aves domésticas a aves silvestres, principalmente migratórias e/ou aquáticas, é considerada a principal medida para mitigar o risco de introdução do vírus no plantel nacional;
- O Mapa prorrogou por mais 180 dias o estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional e
Foi publicada uma portaria que suspende eventos e criação de aves ao ar livre como medida preventiva para mitigar o risco de ingresso e disseminação da doença na avicultura comercial.
Fonte: Mapa
As autoridades também enfatizam que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. Segundo a pasta, o risco de infecções em humanos é baixo, ocorrendo principalmente entre profissionais com contato intenso com aves infectadas.