A Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal deflagraram, nesta quinta-feira (3), a terceira fase da Operação Overclean, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de atuar em fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
Estima-se que os criminosos tenham movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão por meio de contratos fraudulentos e obras superfaturadas.
Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.
Operação apura movimentação ilícita de R$ 1,4 bilhão no Brasil
São cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e uma ordem de afastamento cautelar expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nas cidades de Salvador, São Paulo, Aracaju e Belo Horizonte.
A apuração dos órgãos aponta que o esquema criminoso atingiu principalmente o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), especialmente a Coordenadoria Estadual da Bahia (CEST-BA). Outros órgãos públicos que contavam com apoio operacional da organização criminosa também foram afetados.
A investigação indica que a organização direcionava recursos públicos provenientes de emendas parlamentares e convênio para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais. Para isso, eram utilizadas as práticas de superfaturamento de obras e desvios financeiros.
“Rei do Lixo”
Entre os investigados na operação está o empresário Marcos Moura, o “Rei do Lixo”, que teria atuado junto a políticos para “destravar” contratos públicos. O empresário foi preso na primeira fase da operação, em dezembro de 2024.
A segunda fase da operação, também realizada em dezembro de 2024, levou à prisão preventiva de quatro pessoas, incluindo um policial federal e políticos locais. O caso corre sob sigilo, imposto pelo ministro Nunes Marques em fevereiro deste ano.
Secretário de BH é afastado do cargo
Em Belo Horizonte, os desdobramentos da operação
O afastamento ocorre no âmbito da terceira fase da Operação Overclean, que investiga um esquema de desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro relacionados a emendas parlamentares e convênios.