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Suspeita de fazer procedimentos estéticos clandestinos é presa por morte de clientes trans e travestis

A travesti Skalet, de 56 anos, aplicava silicone industrial em mulheres trans e travestis, sem possuir formação médica; ela foi indiciada por homicídio e exercício irregular da medicina

Suspeita é investigada por morte de mulher no Paraná

A travesti Skalet, de 56 anos, foi presa por suspeita de realizar procedimentos estéticos clandestinos e matar clientes. A suspeita foi presa em São Paulo durante uma operação conjunta entre a Polícia Civil do estado e do Paraná.

Skalet é investigada pela morte de Cristiane Andrea da Silva. A mulher morreu após receber uma aplicação de silicone em outubro de 2024, em Ponta Grossa, no Paraná. Segundo a investigação, a travesti aplicava silicone industrial em mulheres trans e travestis, sem possuir formação médica.

“Apuramos que a suspeita já responde a um processo semelhante na comarca de Marília, em São Paulo, relacionado à morte de outra vítima, conhecida como Nicole Souza, em 2019, também em decorrência de um procedimento estético irregular”, explica o delegado Luiz Timossi, responsável pelo caso.

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Segundo o delegado, Cristiane morreu após receber a aplicação do produto em um ambiente considerado inadequado para procedimentos médicos. Na ocasião, ela teria pagado R$ 1.500 para Skalet, dividido em quatro vezes - entre setembro e outubro de 2024.

A investigada atuava em diferentes estados e tinha como público alvo as pessoas trans e travestis. Skalet foi indiciada por homicídio e exercício ilegal da medicina. Após a prisão, ela foi encaminhada ao sistema penitenciário, onde segue à disposição da Justiça.

Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.