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8 de março: 1 a cada 3 lares brasileiros tem finanças chefiadas por mulheres, diz Serasa

No Dia Internacional das Mulheres, pesquisa revela como protagonismo feminino cresce nas famílias brasileiras; apesar de gerarem cada vez mais renda fora, mulheres ainda equilibram vida profissional e tarefas domésticas

Segundo pesquisa, 93% das mulheres brasileiras contribuem financeiramente para o sustento do lar

Um levantamento do Serasa em comemoração ao 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, revelou que 33% dos lares brasileiros são mantidos com renda exclusivamente feminina. Ou seja, elas que chefiam totalmente as finanças de uma a cada três casas no país.

A pesquisa ainda revelou que quanto mais baixa a classe social, mais mulheres assumem o posto de únicas responsáveis pelo sustento da casa. O desafio é maior especialmente nas classes D e E, que têm 43% dos lares com renda exclusivamente feminina. Para efeito comparativo, o índice cai para 18% nas classes A e B.

Ainda de acordo com o estudo, 93% das mulheres brasileiras contribuem financeiramente para o sustento do lar. Em 2023, o índice de mulheres que participavam das finanças da casa era de 88%.

O levantamento foi feito pelo Instituto Opinion Box, entre 14 e 24 de fevereiro de 2025, e entrevistou 1.383 mulheres de todo o país.

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Dupla jornada ainda é a realidade das mulheres brasileiras

Apesar das mulheres serem cada vez mais responsáveis pelas finanças de casa, trabalhar fora continua sendo desafiador. Isso porque as mulheres não deixam de ser as principais responsáveis pelas tarefas doméstico, mesmo quando também possuem uma vida profissional ativa.

O levantamento revela que 90% das entrevistadas dizem ter uma dupla jornada, equilibrando trabalho profissional e responsabilidades domésticas. Elas afirmam que não têm opção de renunciar um ou outro. Mesmo assim, 85% delas comemoraram o fato de terem conquistado mais espaço no mundo das finanças, até pouco tempo controlado pelos homens.

“Felizmente percebemos o crescimento do papel das mulheres na gestão financeira dos lares, tomando esse papel de garantia de um orçamento familiar sob controle”, afirma Patrícia Camillo, gerente da Serasa.

Mesmo se dedicando ao máximo para equilibrarem a dupla jornada, apenas 66% das entrevistadas percebem que o trabalho externo de geração de renda é valorizado dentro da própria casa. Esse percentual sobe em classes mais altas (83% para alta renda e 73% para média renda) e cai nas famílias de baixa renda (60% para classe D e 53% entre a classe E).

Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.