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Prefeitura de SP proíbe música de rua na Av. Paulista e gera revolta entre artistas

Músicas reclama que sempre tocaram no local, mas, segundo a administração municipal, há um Termo de Ajustamento de Conduta, do Ministério Público, que autoriza a realização de apenas 3 eventos na avenida: Corrida de São Silvestre, Réveillon e Parada LGBT

Músicos de rua denunciaram, pelas redes sociais, que foram impedidos de fazerem shows na Avenida Paulista, neste domingo (2), no Centro de São Paulo. Todos os domingos a via é fechada para carros, transformando um dos principais cartões postais da capital em um grande espaço para lazer e cultura, e sempre houve apresentações musicais.

Integrantes da banda Picanha de Chernobill, por exemplo, informaram que foram impedidos de tocar na Avenida Paulista. “A gente veio tocar na Avenida Paulista e nós fomos informados pela polícia que não pode mais ter música de rua aqui. Nós já tocamos há mais de 11 anos nas ruas da cidade e a gente está muito triste e revoltado com essa situação, uma portaria nova da prefeitura. A arte de rua é uma arte muito democrática, porque ela possibilita as pessoas a ter acesso à cultura, a poder assistir uma banda sem ter que pagar”, detalhou o integrante Chico Rigo.

“A gente está acostumado a tocar e ter desde gente engravatada até morador de rua, homens, mulheres, idosos, crianças, gente do Brasil inteiro nos acompanham aqui na Avenida Paulista. Então a gente está muito triste, a gente não sabe o que fazer, porque esse é o nosso ganha-pão, é assim que a gente sobrevive aqui em São Paulo. E a gente gostaria de pedir que todos que gostam da banda, todos que gostam da arte de rua, que se manifestem, que mandem e-mail para a prefeitura, e dizer para todo mundo também que a gente está aberto para tocar”, completou.

A Itatiaia procurou a Prefeitura de São Paulo, que, através da Secretaria Municipal das Subprefeituras, informou, por meio de nota, que “são autorizadas apresentações de artistas de rua sem estruturas de palco por coberturas e apenas com instrumentos e som acústico. Shows que contam com palco, geradores e amplificadores são caracterizados como “evento” e necessitam de licença”.

Ainda de acordo com a pasta, há um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), do Ministério Público, que autoriza a realização de apenas 3 eventos na avenida: Corrida de São Silvestre, Réveillon e Parada LGBT.

A nota finaliza explicando que existem também decisões judiciais que impedem a realização de shows no local. Para organizar o espaço público na via, são realizadas fiscalizações periódicas e pacíficas, com apoio da Atividade Delegada.

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Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.