O soldado da
O soldado Luan Felipe Alves Pereira, de 29 anos, teve o caso arquivado em janeiro deste ano depois que o Ministério Público mostrou favorável ao arquivamento alegando que houve legítima defesa do policial durante troca de tiros. O juiz aceitou o pedido. Luan trabalha na Rondas Ostensivas com Apoio de Moto (Rocam), no 24º Batalhão de Polícia de Diadema. Nesta quarta-feira (4), a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo pediu, à Justiça Militar, a prisão do agente.
Agora, a Justiça Militar analisa o pedido de prisão preventiva e decretou sigilo no inquérito.
A vítima,
Pedido de prisão e o que aconteceu durante abordagem
O pedido de prisão de Luan tem seis páginas, no documento, o oficial responsável pelo caso narra o início da ocorrência, com a perseguição a motociclistas. Logo depois ele destaca cinco fotos feitas a partir de câmeras de segurança, que mostram a parte final da ação, quando o homem é jogado do alto da ponte.
Ao ser questionado sobre a cena, o soldado se reconhece e diz que “a projeção seria realizada ao solo”, ou seja, que o objetivo era jogar o homem no chão. Ainda narrando o caso, o responsável pelo inquérito se dirige diretamente ao juiz: “Excelência, não há como acolher as declarações apresentadas pelo investigado, pois as imagens largamente difundidas e materializadas no presente feito demonstram conduta errante e inaceitável a quem deveria proteger a integridade de outrem e fazer cumprir a lei”, segundo a TV Globo.
Os crimes inicialmente imputados ao soldado são lesão corporal e violência arbitrária, todos previstos no Código Penal Militar. O encarregado do inquérito termina dizendo que a prisão é a única forma de retomar a hierarquia e a disciplina e manter a ordem pública e social.
Investigação e pedido do MP
Ainda no processo, o Ministério Público abriu uma investigação sobre o caso. A determinação foi da Procuradoria Geral da Justiça. O Gaesp, Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial pediu a Polícia Civil para encaminhar, em 24 horas, a cópia de todos os boletins de ocorrências e das perícias solicitadas.
Além disso, a
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também publicou um vídeo informando que
“Anos de legado da PM não podem ser manchados por condutas anti profissionais. Policial não arremessa ninguém pelo muro. Pelos bons policiais que não devem carregar fardo de irresponsabilidade de alguns, haverá severa punição”, afirmou Derrite.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse, em uma rede social, que o policial militar que “chega ao absurdo de jogar uma pessoa da ponte” não está à altura de usar farda.